A aprovação representa uma grande vitória para o presidente americano, após a Câmara, de maioria republicana, ter se negado até agora a dar seu sinal verde (Chip Somodevilla/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 23 de dezembro de 2011 às 13h14.
Washington - A Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta sexta-feira por unanimidade um acordo para prorrogar por dois meses a redução de impostos, oito dias antes de expirar o prazo, dando fim a um conflito com a Casa Branca.
A medida, que já tinha recebido o sinal verde do Senado, permite que os negociadores dos dois grandes partidos americanos contem com mais tempo para obter um acordo mais durável sobre o futuro desses cortes tributários, um dos pilares do programa econômico do presidente Barack Obama.
O projeto de lei, que agora só precisa da sanção da Casa Branca, inclui também a prorrogação, por dois meses, dos seguros-desemprego para cerca de 2 milhões de pessoas sem trabalho.
A aprovação representa uma grande vitória para o presidente americano, após a Câmara, de maioria republicana, ter se negado até agora a dar seu sinal verde.
Mas, em meio às divisões internas no Partido Republicano e entre pesquisas que indicavam que a contínua rejeição à medida prejudicava a popularidade do partido opositor em plena época pré-eleitoral, o presidente da Câmara, o republicano John Boehner, se viu obrigado a modificar sua postura na quinta-feira.
Após a aprovação da medida, as duas casas do Congresso terão de designar legisladores para um processo bicameral para manter as negociações nas próximas semanas uma prorrogação de um ano, segundo o acordo pactuado por Boehner com o líder da maioria democrata do Senado, Harry Reid.
A Casa Branca lançou na terça-feira passada uma campanha no Twitter e no Facebook para advertir sobre os danos de um aumento de impostos a partir de janeiro para os americanos e para a recuperação econômica em geral.
Segundo os cálculos da Casa Branca, a aprovação da medida beneficiará a cerca de 160 milhões de americanos. Se o acordo não tivesse sido aceito, uma família média teria visto desaparecer cerca de US$ 80 mensais de sua renda líquida, ou em torno de US$ 1 mil por ano. EFE