OMS: o chefe regional da agência de saúde da ONU destacou que os governos precisam demonstrar vontade e liderança na implementação do Acordo de Paris (AFP/AFP)
AFP
Publicado em 22 de julho de 2022 às 15h14.
Última atualização em 22 de julho de 2022 às 16h09.
O escritório europeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou, nesta sexta-feira, 22, que a onda de calor na Europa foi responsável por 1,7 mil mortes somente na Península Ibérica e pediu uma ação conjunta para o enfrentamento da mudança climática.
"O calor mata. Nas últimas décadas, centenas de milhares de pessoas morreram como resultado do calor extremo durante ondas de calor prolongadas, frequentemente com incêndios florestais simultâneos", afirmou o diretor regional da OMS para a Europa, Hans Kluge, em um comunicado.
"Este ano, já testemunhamos mais 1,7 mil mortes que poderiam ter sido evitadas na atual onda de calor na Espanha e em Portugal", acrescentou.
O diretor regional destacou que a exposição ao calor extremo "com frequência agrava as condições de saúde preexistentes" e indicou que "as pessoas em qualquer extremo da vida — bebês, crianças e idosos — estão em risco".
A OMS Europa explicou à AFP que o número é uma estimativa preliminar baseada em relatórios de autoridades federais e que "já havia aumentado e seguiria aumentando nos próximos dias". Também informou que o número real de mortes associadas à onda de calor deve levar semanas para ser estabelecido.
"Os acontecimentos desta semana apontam mais uma vez para a necessidade desesperada de uma ação pan-europeia para abordar eficazmente a mudança climática", destacou Kluge.
O chefe regional da agência de saúde da ONU destacou que os governos precisam demonstrar vontade e liderança na implementação do Acordo de Paris. Este pacto estabeleceu o objetivo de limitar o aquecimento global a 2 °C acima dos níveis pré-industriais (e de preferência a não mais que 1,5 °C).
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