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Cairo: Dezenas de feridos em protesto na embaixada dos EUA

Os confrontos começaram por causa de uma briga entre dois manifestantes que gerou uma desordem entre as pessoas reunidas diante da legação diplomática americana

Antes dos confrontos, centenas de pessoas haviam se reunido na frente da embaixada em protesto (Odd Andersen/AFP)

Antes dos confrontos, centenas de pessoas haviam se reunido na frente da embaixada em protesto (Odd Andersen/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2012 às 19h05.

Cairo - Dezenas de pessoas ficaram feridas nesta sexta-feira durante confrontos entre manifestantes desencadeados durante um protesto na frente da embaixada dos Estados Unidos no Cairo.

Segundo pôde constatar a Agência Efe, os confrontos começaram por causa de uma briga entre dois manifestantes que gerou uma desordem entre as pessoas reunidas diante da legação diplomática americana, perto da Praça Tahir.

Muitos dos manifestantes eram jovens que estavam ali para protestar contra o que consideram a ingerência dos EUA nos assuntos internos do Egito.

Alguns dos feridos, que foram atingidos por pedras, foram levados por seus companheiros a várias ambulâncias que chegaram ao local logo após o início da confusão.

A agência de notícias estatal 'Mena' detalhou que os confrontos ocorreram entre manifestantes que pediam a expulsão da embaixadora americana, Anne W. Patterson, e participantes de uma passeata de apoio à Junta Militar.

A confusão diminuiu com a chegada da polícia militar que, equipada com equipamento antidistúrbios, se limitou a conter os manifestantes.

Antes dos confrontos, centenas de pessoas haviam se reunido na frente da embaixada em um protesto no qual gritavam palavras de ordem e levavam cartazes com mensagens contra a presença americana no Egito.

O recente retorno a seu país de alguns ativistas americanos, acusados de gerenciar organizações não-governamentais com financiamento ilícito, com a permissão do governo do Egito, provocou indignação entre alguns egípcios.

O Parlamento decidiu citar o governo do primeiro-ministro Kamal Ganzuri e alguns ministros envolvidos para pedir explicações pela suspensão da proibição de sair do país a trabalhadores estrangeiros das ONGs, a maioria deles americanos.

Os acusados fazem parte dos 43 trabalhadores de ONGs que estão sendo processados por criar e tramitar organizações internacionais sem a permissão governamental e receber fundos do exterior para realizar atividades políticas no Egito.

Ontem, o Tribunal Penal do Sul do Cairo retomou o julgamento depois que os juízes que compunham a corte que começou a examinar o caso no final de fevereiro se retiraram do processo. A próxima audiência será no dia 10 de abril. 

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