O índice de atividade manufatureira dos EUA ficou em 60,4 pontos em abril (Scott Olson/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 2 de maio de 2011 às 21h25.
Nova York - O setor manufatureiro dos Estados Unidos reduziu seu ritmo de crescimento em abril, apesar de ter acumulado 21 meses consecutivos de altas graças ao aumento dos novos pedidos e da produção, anunciou nesta segunda-feira o instituto de gestão de fornecimento americano (ISM, na sigla em inglês).
O índice elaborado pelo ISM para medir a atividade do setor se situou no mês passado em 60,4 pontos, comparado aos 61,2 de março, embora a tendência desse indicador ainda seja de crescimento e esteja há quatro meses consecutivos acima dos 60 pontos.
Qualquer dado que coloque o índice do ISM acima dos 50 pontos reflete um crescimento generalizado do setor, mas quando o valor fica abaixo disso significa que existe uma situação de contração.
"A recente tendência de rápido crescimento no setor manufatureiro continuou em abril", explicou nesta segunda-feira em comunicado Norbert Ore, presidente do comitê do ISM, encarregado de elaborar este índice através de uma pesquisa entre empresas do setor.
Segundo Ore, os novos pedidos e a produção "continuam impulsionando o índice, já que ambas as variáveis superaram os 60 pontos durante cinco meses consecutivos".
O subíndice relativo a novos pedidos caiu para 61,7 pontos em abril, dos 63,3 registrados no mês anterior, embora acumule 22 meses consecutivos de crescimento.
Também apresentou desaceleração o ritmo de crescimento do subíndice relativo à produção, que no mês passado ficou em 63,8 pontos, contra os 69 de março. Em todo caso, acumula 23 meses consecutivos de expansão.
Já o subíndice que mede o emprego no setor manufatureiro ficou em 62,7 pontos, comparado aos 63 do mês anterior, o que significa que nos quatro primeiros meses de 2011 ficou situado nos níveis mais altos em 38 anos.
"Embora o setor manufatureiro esteja evoluindo definitivamente acima de todas as expectativas para 2011, o setor está experimentando pressões significativas pelo custo das matérias-primas e outros produtos", acrescentou Ore.
Desta maneira, o subíndice correspondente aos preços pagos pelas empresas para desenvolver sua atividade subiu para 85,5 pontos em abril, contra 85 no mês anterior, o que representa um acumulado de 22 meses de crescimento.