Pena de morte: O Instituto de Pesquisas Pew revelou que 56% dos entrevistados são favoráveis à pena de morte para pessoas condenadas por assassinato, 6% a menos desde 2011 (Chip Somodevilla/AFP)
Da Redação
Publicado em 16 de abril de 2015 às 19h47.
O apoio à pena de morte nos Estados Unidos caiu ao seu menor nível em 40 anos, embora a maioria dos americanos ainda seja favorável à pena capital para assassinato.
O dado foi revelada em uma consulta publicada na quinta-feira, dias antes da fase de sentença do julgamento que vai determinar se o jovem Dzhokhar Tsarnaev, de 21 anos, será condenado à prisão perpétua por envolvimento no atentado contra a Maratona de Boston.
O Instituto de Pesquisas Pew revelou que 56% dos entrevistados são favoráveis à pena de morte para pessoas condenadas por assassinato, 6% a menos desde 2011, enquanto 38% se disseram contrários.
A pesquisa demonstrou que quase dois terços - 63% - acreditam que a pena de morte se justifica moralmente quando o condenado praticou um crime como o assassinato. Apenas 31% disseram que é moralmente errado até mesmo em casos como estes.
Em 1996, 78% das pessoas se disseram favoráveis à pena de morte e o apoio à pena capital costuma se situar acima de 70% em grande parte dos anos 1980 e 1990, acrescentou o centro.
Grande parte do apoio decrescente vem dos democratas. Atualmente, 56% deles são contrários à pena de morte. Em 1996, 71% dos democratas eram favoráveis à pena capital contra 25%, que eram contrários.
Segundo o instituto, houve menos alteração entre os republicanos. Setenta e sete por cento dos respondentes que se identificaram com o partido conservador apoiavam a pena de morte contra 87% em 1996.
A consulta se baseou em entrevistas por telefone, realizadas com 1.500 adultos em todos os Estados Unidos entre 25 e 29 de março. A margem de erro foi de 2,9%.
Este ano, doze prisioneiros no corredor da morte foram executados nos Estados Unidos.
Tsarnaev foi condenado na semana passada de coautoria nos atentados contra a maratona de Boston, em abril de 2013, nos quais três pessoas morreram e outras 264 pessoas ficaram feridas.
Dezessete das 30 condenações que pesam contra ele levam à pena de morte segundo a legislação federal. Desde 1947, ninguém foi executado no estado de Massachussetts.