Coala: no Estado de Nova Gales do Sul, autoridades estimam que 30% do habitat dos coalas, florestas de eucaliptos que eles usam como alimento e abrigo, pode ter sido destruído (Cole Bennetts/The Sydney Morning Herald/Getty Images)
Reuters
Publicado em 16 de janeiro de 2020 às 13h46.
Sydney — Taylor, uma cadela da raça springer spaniel inglês de 4 anos, tem sido um dos agentes de resgate mais ocupados durante a crise de incêndios florestais da Austrália.
Quando ouve "Coala, encontre!", Taylor se arrisca em terras áridas chamuscadas e descobre marsupiais feridos graças ao odor de sua pele ou fezes. Cada vez que encontra um coala, ela é recompensada com uma bola de tênis ou uma iguaria culinária.
As chamas já mataram 29 pessoas e devastaram uma área do tamanho da Bulgária.
A população de coalas da Austrália está sendo duramente afetada. Só no Estado de Nova Gales do Sul, autoridades estimam que 30% do habitat dos coalas --florestas de eucaliptos que eles usam como alimento e abrigo-- pode ter sido destruído.
Um programa emergencial de recuperação da vida selvagem de 50 milhões de dólares australianos, lançado pelo governo federal no início desta semana, se concentrará na sobrevivência do emblemático animal nativo.
Já Taylor vem se dedicando a encontrar coalas feridos desde que tinha poucos meses, e hoje é uma especialista.
"Em condições ideais, quando o ar está parado, o odor do animal escorre das árvores e Taylor consegue senti-los, ela se sente bem debaixo deles, aponta para eles e nos mostra onde estão", disse o treinador Ryan Tate, que administra a Tate Animal Training Enterprises, especializada em serviços de cães rastreadores.
Autoridades disseram que a extensão total do dano ao habitat dos coalas só será conhecido quando os incêndios terminarem, o que provavelmente levará meses.