EI: além disso, Ancara e Moscou compartilharão informações de seus serviços secretos sobre elementos radicais na Síria (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 12 de agosto de 2016 às 08h59.
Istambul - Os caças-bombardeiros da Turquia voltarão a sobrevoar a Síria para atacar posições do Estado Islâmico (EI), após uma interrupção de dez meses causada pelo conflito diplomático com a Rússia, informou nesta sexta-feira a emissora "CNNTÜRK".
A emissora afirma que este acordo foi fechado na primeira reunião entre representantes diplomáticos, militares e dos serviços secretos de Turquia e Rússia, realizada ontem em Moscou após a reconciliação selada na terça-feira em São Petersburgo por seus presidentes, Recep Tayyip Erdogan e Vladimir Putin.
Desde que o Exército turco derrubou em novembro do ano passado um caça russo na fronteira síria, as relações entre Moscou e Ancara tinham ficado enormemente estremecidas e os caças turcos tinham deixado de sobrevoar a Síria para evitar atritos com a Rússia.
Até esse momento, caças turcos tinham participado de 11 bombardeios aéreos contra o EI, no marco da coalizão internacional antijihadista, liderada pelos Estados Unidos, segundo a apuração da "CNNTÜRK".
Mas a partir do incidente com a Rússia, Ancara só usou fogo de morteiros de longo alcance contra as posições jihadistas próximas a sua fronteira.
A partir de agora, Turquia e Rússia serão informadas mutuamente das operações aéreas fronteiriças através de um mecanismo de coordenação, trocando coordenadas e tempo do voo previsto.
Além disso, Ancara e Moscou compartilharão informações de seus serviços secretos sobre elementos radicais na Síria e que até agora a Turquia só tinha dividido com a coalizão internacional antijihadista.
Outro ponto tratado na reunião de ontem foi o assédio a Aleppo, tema no qual a Rússia "se mostrou aberta" a corresponder à intenção da Turquia de fazer chegar ajuda humanitária aos civis da região, segundo a "CNNTÜRK". EFE