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Cabral aumenta em 131% gasto com jatinhos

Governador já utilizou R$ 10,25 milhões em verbas para pagar despesas com transporte aéreo desde 2007

Sérgio Cabral aumentou os gastos com jatinhos no seu governo (sxc)

Sérgio Cabral aumentou os gastos com jatinhos no seu governo (sxc)

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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2012 às 13h12.

São Paulo - O governo do Estado do Rio de Janeiro aumentou seus gastos com o aluguel de jatos executivos em 131% durante a administração Sérgio Cabral (PMDB). O governador, que admitiu recentemente ter utilizado aeronave emprestada pelo empresário Eike Batista para compromissos particulares e profissionais, destinou R$ 10,25 milhões para a Líder Táxi Aéreo entre os dias 16 de julho de 2007 e 15 de julho deste ano. Nos quatro anos da gestão de Rosinha Garotinho, antecessora de Cabral, a mesma empresa recebeu R$ 4,43 milhões.

Vencedora de licitação promovida pelo atual governo, a Líder foi contratada por R$ 2,31 milhões e recebeu outros R$ 7,93 milhões em três aditivos nos anos seguintes. Durante o governo de Rosinha, a Líder assinou um termo inicial de R$ 606,3 mil e firmou seis aditivos que somaram R$ 3,82 milhões. Os dados são do Sistema de Administração Financeira para Estados e Municípios (Siafem).

Na última sexta-feira, o governo do Rio prorrogou mais uma vez o contrato com a Líder. O valor do aditivo ficou em R$ 2,95 milhões, a primeira prorrogação no segundo mandato de Cabral. As licitações, contratações e prorrogações da Líder são responsabilidade da Secretaria de Estado da Casa Civil do governo do Rio.

O titular da pasta, Regis Fichtner, braço direito de Cabral, era sócio do escritório de direito Andrade & Fichtner Advogados até dezembro de 2006. A banca representa a empresa de táxi aéreo em 13 ações que tramitam na Justiça. Regis atuou em processos como advogado da Líder, mas foi substituído por seus sócios quando foi para o governo.

Atualmente, as aeronaves da Líder são utilizadas pelo governador, seus secretários de Estado e principais assessores. "Transporte aéreo só deve ser utilizado em caso de emergência. Se não, deveria ser usado voo de carreira", diz o deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB), responsável pelo levantamento.

Convênios

A assessoria de imprensa do governo do Rio argumentou que o aumento no valor dos contratos com a Líder ocorreu porque "no governo anterior, era muito pequeno o número de contratos e convênios do Estado do Rio com o governo federal, e, consequentemente, a frequência e o volume dos deslocamentos a Brasília, São Paulo, Minas Gerais, dentre outros Estados, eram consideravelmente menores". Em nota, o governo ainda ressaltou que nunca teve frota de aviões, como os governos de São Paulo e Minas Gerais, optando por sempre alugar aeronaves.

A Líder afirmou que é uma empresa idônea e que os contratos firmados com o governo do Estado são frutos de licitações. O escritório Andrade & Fichtner declarou que Regis Fichtner não atua mais em seus processos e que as ações envolvendo a Líder são antigas. Os advogados afirmaram ainda que o escritório é referência nas áreas de contencioso e arbitragem, reconhecido por instituições internacionais, o que atrai o interesse de grandes empresas de diversas áreas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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