Equipe de resgate em busca por aeronave em Los Roques, na Venezuela (Ministério do Interior e Justiça/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 13 de janeiro de 2013 às 15h18.
Caracas - O Governo da Venezuela e as autoridades italianas disseram neste domingo que continuam, 'ainda em diferentes formas', as buscas pelo avião desaparecido há 9 dias no arquipélago de Los Roques, no qual viajavam dois venezuelanos e quatro italianos, entre eles o herdeiro da marca Missoni, Vittorio Missoni.
'Nós vamos continuar com as operações de busca e salvamento, vamos seguir com estes trabalhos como um só Governo, um Governo responsável, cumprindo com as normas internacionais da aviação civil', indicou o ministro do Interior da Venezuela, Néstor Reverol, à televisão estatal.
Por sua parte, o embaixador da Itália na Venezuela, Paolo Serpi, também fez votos para que 'a busca possa continuar, ainda em diferentes formas, para chegar a ter notícias sobre o avião. Nos primeiros dias de fevereiro, outro avião vai chegar para buscar um avião que caiu em 2008' em Los Roques, com oito passageiros italianos a bordo.
O embaixador, que agradeceu o esforço das autoridades venezuelanas, indicou que a nova etapa de trabalhos de resgate será realizada de forma 'conjunta' entre autoridades venezuelanas e italianas, que chegaram ao país na quinta-feira.
No último dia 4, as autoridades venezuelanas informaram sobre o desaparecimento do bimotor britânico Norman BN2 que decolou de Los Roques rumo ao aeroporto internacional de Maiquetía, que serve Caracas, e que levava os italianos Guido Foresti, Elda Scalvenzi, Maurizia Castiglioni e Vittorio Missoni.
Missoni, de 58 anos e diretor comercial da empresa fundada por seu pai, o desenhista Ottavio Missoni, se encontrava de férias no arquipélago junto com seus amigos desde 28 de dezembro e tinha previsto retornar à Itália em 4 de janeiro pela noite.
O ministro Reverol disse que as autoridades venezuelanas devem se reunir neste domingo com os parentes dos desaparecidos que se encontram em Los Roques, como o irmão de Vittorio, Luca Missoni, para explicar todos os procedimentos realizados até o momento.
Reverol disse que até hoje 425 pessoas trabalharam no resgate, entre eles 29 mergulhadores, e se desdobraram '10 aeronaves, 6 embarcações, 30 veículos de patrulha do litoral ', fizeram 70 horas de voo, 358 horas de navegação e percorreram mais de 19 mil milhas náuticas quadradas.
O aparelho era manejado pelos pilotos venezuelanos Hernán Merchán e José Ferrer, e o último contato foi verificado às 18h (local) a 10 milhas náuticas de Los Roques, um conjunto de ilhas nas Antilhas menores pertencentes à Venezuela e uma de suas principais cidades turísticas. EFE