Mundo

Buscas pelo voo MH370 voltam para local que foi descartado

As buscas pelo avião da Malaysia Airlines que desapareceu no dia 8 de março serão retomadas em uma área do Oceano Índico que tinha sido descartada


	Aeronave da Malaysia Airlines: voo mudou de rumo em ato deliberado, dizem autoridades
 (AFP/Getty Images)

Aeronave da Malaysia Airlines: voo mudou de rumo em ato deliberado, dizem autoridades (AFP/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2014 às 09h29.

Sydney - As buscas pelo avião da Malaysia Airlines que desapareceu no dia 8 de março (dia 7 no Brasil) serão retomadas em uma área do Oceano Índico que tinha sido descartada, situada cerca de 1,8 mil quilômetros ao oeste de Perth, no litoral oeste da Austrália, informou nesta sexta-feira a imprensa local.

O Centro de Coordenação de Agências Conjuntas, o órgão responsável por comandar as buscas, vai anunciar na próxima semana que a procura passará a ser feita a 800 quilômetros ao sudoeste da área designada após analisar novamente todas as informações, segundo o jornal "West Australian".

O chefe da Autoridade Australiana de Transporte, Martin Dolan, disse ontem que a área na qual existem maiores probabilidades de encontrar o avião do voo MH370 se encontra "mais ao sul".

O navio Fugro Equator, contratado para elaborar um mapa do leito marinho, já está operando no local, para onde também se dirige a embarcação chinesa Zhu Kezhen, relatou uma fonte não identificada à publicação australiana.

Os dois navios se encarregam de fazer um levantamento cartográfico do leito marinho antes de dar início às buscas submarinas, que devem ser retomadas em agosto.

A área de buscas no setor meridional do Oceano Índico foi definida no dia 18 de março, a cerca de 2,5 mil quilômetros ao sudoeste de Perth. Entretanto, dez dias depois, a mesma foi transferida para o norte, a 1,8 mil quilômetros ao sudoeste da cidade australiana, onde ocorreu apenas uma inspeção aérea.

No mês seguinte, as buscas foram deslocadas para mais ao norte, em um local onde foram detectados sinais similares aos da caixa-preta e no qual foi feito um rastreamento submarino, mas que não encontrou nenhum sinal da aeronave, o que obrigou uma nova revisão de todos os dados.

Os trabalhos de busca ainda estão concentrados ao longo de um arco no Oceano Índico onde os especialistas acreditam que foi o destino final do avião após esgotar seu combustível e no qual os satélites detectaram pela última vez os sinais do aeronave.

A operadora britânica de satélites Inmarsat afirmou esta semana que os investigadores ainda não rastrearam a área na qual eles consideram que o avião pode ter caído, situada mais ao sul.

O avião da Malaysia Airlines saiu de Kuala Lumpur na madrugada do dia 8 de março (tarde do dia 7 no Brasil) com 239 pessoas a bordo e tinha previsão de chegada em Pequim seis horas mais tarde, mas desapareceu das telas dos controladores aéreos 40 minutos depois da decolagem.

O MH370 mudou de rumo em uma "ação deliberada", segundo as autoridades malaias, para atravessar o Estreito de Malaca em direção contrária ao seu trajeto inicial. Acredita-se que seu destino final foi uma área no sul do Oceano Índico.

Acompanhe tudo sobre:acidentes-de-aviaoMalásiaMalaysia AirlinesVoo MH370

Mais de Mundo

À espera de Trump, um G20 dividido busca o diálogo no Rio de Janeiro

Milei chama vitória de Trump de 'maior retorno' da história

RFK Jr promete reformular FDA e sinaliza confronto com a indústria farmacêutica

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde