Sydney - As buscas pelo avião da Malaysia Airlines que desapareceu no dia 8 de março (dia 7 no Brasil) serão retomadas em uma área do Oceano Índico que tinha sido descartada, situada cerca de 1,8 mil quilômetros ao oeste de Perth, no litoral oeste da Austrália, informou nesta sexta-feira a imprensa local.
O Centro de Coordenação de Agências Conjuntas, o órgão responsável por comandar as buscas, vai anunciar na próxima semana que a procura passará a ser feita a 800 quilômetros ao sudoeste da área designada após analisar novamente todas as informações, segundo o jornal "West Australian".
O chefe da Autoridade Australiana de Transporte, Martin Dolan, disse ontem que a área na qual existem maiores probabilidades de encontrar o avião do voo MH370 se encontra "mais ao sul".
O navio Fugro Equator, contratado para elaborar um mapa do leito marinho, já está operando no local, para onde também se dirige a embarcação chinesa Zhu Kezhen, relatou uma fonte não identificada à publicação australiana.
Os dois navios se encarregam de fazer um levantamento cartográfico do leito marinho antes de dar início às buscas submarinas, que devem ser retomadas em agosto.
A área de buscas no setor meridional do Oceano Índico foi definida no dia 18 de março, a cerca de 2,5 mil quilômetros ao sudoeste de Perth. Entretanto, dez dias depois, a mesma foi transferida para o norte, a 1,8 mil quilômetros ao sudoeste da cidade australiana, onde ocorreu apenas uma inspeção aérea.
No mês seguinte, as buscas foram deslocadas para mais ao norte, em um local onde foram detectados sinais similares aos da caixa-preta e no qual foi feito um rastreamento submarino, mas que não encontrou nenhum sinal da aeronave, o que obrigou uma nova revisão de todos os dados.
Os trabalhos de busca ainda estão concentrados ao longo de um arco no Oceano Índico onde os especialistas acreditam que foi o destino final do avião após esgotar seu combustível e no qual os satélites detectaram pela última vez os sinais do aeronave.
A operadora britânica de satélites Inmarsat afirmou esta semana que os investigadores ainda não rastrearam a área na qual eles consideram que o avião pode ter caído, situada mais ao sul.
O avião da Malaysia Airlines saiu de Kuala Lumpur na madrugada do dia 8 de março (tarde do dia 7 no Brasil) com 239 pessoas a bordo e tinha previsão de chegada em Pequim seis horas mais tarde, mas desapareceu das telas dos controladores aéreos 40 minutos depois da decolagem.
O MH370 mudou de rumo em uma "ação deliberada", segundo as autoridades malaias, para atravessar o Estreito de Malaca em direção contrária ao seu trajeto inicial. Acredita-se que seu destino final foi uma área no sul do Oceano Índico.
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1. Mistérios do ar
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São Paulo - O caso do
voo desaparecido da Malaysia Airlines não é o primeiro do tipo na história. Conheça a seguir nove casos misteriosos de
aviões que desapareceram. Nas cinco primeiras histórias, nenhuma pista foi encontrada até os dias de hoje. Nas outras quatro, demoraram dias, meses ou até décadas para que algo fosse encontrado.
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2. 1. Amelia Earhart
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A piloto americana Amelia Earhart foi a primeira a fazer um voo solo pelo Oceano Atlântico. Sua história terminou de forma trágica em 1937, quando seu voo desapareceu no Oceano Pacífico. Ela e o copiloto nunca foram achados, assim como nenhum destroço. Ela foi declarada morta em 1939.
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3. 2. Voo 19
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Começava aqui a lenda do Triângulo das Bermudas. Em 5 de dezembro de 1945, cinco aviões da Marinha dos Estados Unidos saíram da Flórida para um voo de treinamento. Uma hora e meia depois, os pilotos começaram a relatar problemas de desorientação. Os cinco aviões sumiram e nunca mais foram achados. Para aumentar o mistério: o avião enviado logo em seguida para procurá-los também desapareceu.
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4. 3. Glenn Miller
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Em 1944, o músico de jazz americano Glenn Miller foi enviado até a França, para entreter as tropas americanas que lutavam na Segunda Guerra Mundial. Ele saiu de uma base miltiar britânica em Bedford e sobrevoava o Canal da Mancha quando o seu voo sumiu, em 15 de dezembro. Nenhum destroço foi encontrado até hoje.
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5. 4. Voo 739
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O avião militar americano voava em 1962 da ilha de Guam para as Filipinas com 90 pessoas a bordo. Ele nunca chegou ao destino. Mais de 1300 oficiais do exército americano se envolveram nas buscas, mas nenhum destroço foi encontrado. Na época, oficiais de um navio da Libéria alegaram ter visto um objeto em chamas no ar.
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6. 5. Voo 967 da Varig
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Em 1979, o voo 967 da Varig fazia um voo comercial de carga entre Tóquio e Rio de Janeiro. Na noite de 30 de janeiro, o avião sumiu dos radares no Oceano Pacífico. Nenhum destroço ou corpo foi encontrado. Seis pessoas estavam a bordo. Entre outros itens, avião levava 153 quadros do pintor Manabu Mabe, avaliados em 1,23 milhão de dólares.
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7. 6. Sumiço dos Andes
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Em agosto de 1947, um voo da Star Dust caiu nos Andes argentinos quando ia de Buenos Aires para Santiago. Nenhuma parte do avião ou corpo foi encontrado na época. Somente em 2000, com o degelo na região, alpinistas encontraram os primeiros destroços.
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8. 7. Voo 447
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Em 2009, um voo da Air France entre Rio de Janeiro e Paris caiu no Oceano Atlântico, matando as 228 pessoas a bordo. Contudo, demorou cinco dias para que destroços fossem achados e mais três anos para que as causas do acidente fossem entendidas. A maioria dos corpos foi retirada do mar, mas 74 corpos foram encontrados e não puderam ser resgatados do fundo do mar.
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9. 8. Voo da Força Aérea uruguaia
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Em 1972, um avião da Força Aérea Uruguaia, que ia até Santiago, caiu no meio dos Andes. O voo 571 caiu com 45 passageiros. Metade sobreviveu na queda, mas muitos morreram por causa da fome e do frio. Somente 72 dias depois, o avião e os sobreviventes foram encontrados pelas equipes de busca. Só restavam 16 pessoas, que admitiram que recorreram ao canibalismo - comeram os corpos dos companheiros mortos - para sobreviver. A história foi para o cinema em 1993, com o filme "Alive".
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10. 9. Sumiço do B-24
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O bombardeiro americano Lady Be Good desapareceu em abril de 1943, durante uma missão na Segunda Guerra Mundial. Ele deveria ter voltado para sua base militar na Líbia, mas nunca apareceu. Somente 15 anos depois os seus destroços foram encontrados no meio do deserto, no norte da África, por exploradores de petróleo. As bombas e as armas que ele carregava continuavam funcionando. O avião caiu com sobreviventes, mas eles morreram de sede e calor no deserto.
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11. Agora conheça as 10 maiores tragédias do ar
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11/11 (AFP)