Mundo

Busca por avião da Malásia entra em nova fase

Buscas abrangerão agora uma área bem maior do leito do oceano Índico, disse o primeiro-ministro da Austrália


	Homem procura sinais do voo MH370: dados de satélites e sinais eletrônicos atribuídos às caixas-pretas levam os especialistas a acreditar que o avião mudou de rota e voou durante várias horas até cair no Índico
 (Richard Polden - Pool/Getty Images)

Homem procura sinais do voo MH370: dados de satélites e sinais eletrônicos atribuídos às caixas-pretas levam os especialistas a acreditar que o avião mudou de rota e voou durante várias horas até cair no Índico (Richard Polden - Pool/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2014 às 10h17.

Sydney - Tornou-se altamente improvável encontrar destroços flutuantes do avião desaparecido da Malaysia Airlines, e por isso uma nova fase das buscas abrangerá uma área bem maior do leito do oceano Índico, disse o primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, nesta segunda-feira.

O Boeing desapareceu em 8 de março na rota Kuala Lumpur-Pequim, com 239 pessoas a bordo. Dados de satélites e sinais eletrônicos atribuídos às caixas-pretas levam os especialistas a acreditar que o avião mudou de rota e voou durante várias horas até cair no Índico, cerca de 2.000 quilômetros a oeste da Austrália, mas as buscas até agora foram totalmente infrutíferas.

Abbott disse que, por causa do longo tempo transcorrido, as buscas visuais serão abandonadas, e a prioridade será vasculhar o leito marinho com um submarino teleguiado. Mas ele admitiu que o avião talvez nunca seja encontrado.

"Faremos o que for humanamente possível, o que pudermos razoavelmente fazer, para resolver esse mistério", disse ele a jornalistas em Canberra.

Malásia, China, Japão, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Grã-Bretanha e Estados Unidos auxiliam a Austrália na mais cara operação de busca da história da aviação. As autoridades malaias não descartam a hipótese de um problema mecânico, mas trabalham principalmente com a hipótese de que o avião foi deliberadamente desviado da sua rota.

Após semanas de buscas na superfície, as autoridades vinham priorizando nos últimos dias o uso do submarino teleguiado Bluefin-21, dos EUA, em uma área de 10 quilômetros de onde teria se originado um sinal eletrônico captado em 4 de abril, e atribuído às caixas-pretas.

Os instrumentos de registro dos dados e conversas do voo emitem um sinal eletrônico para facilitar sua localização, mas sua bateria já se esgotou há várias semanas. As primeiras buscas do Bluefin-21 no leito marinho não revelaram sinais do avião.

"Ainda estamos intrigados e frustrados por não termos conseguido encontrar destroços submarinos com base nessas detecções", disse Abbott a jornalistas.

Segundo ele, a nova área de buscas, um corredor de 700 x 80 quilômetros, pode levar seis a oito meses para ser vasculhada, a um custo estimado de 56 milhões de dólares para a Austrália.

Até agora, a operação foi essencialmente militar, mas Abbott disse que a Austrália e a Malásia deverão contratar uma ou mais empresas privadas para as buscas.

Acompanhe tudo sobre:acidentes-de-aviaoAviõesMalásiaMalaysia AirlinesTransportesVeículosVoo MH370

Mais de Mundo

Casa Branca diz que cerca de 70 países pediram para negociar tarifas

Canadá anuncia que tarifas sobre alguns veículos dos EUA entram em vigor na quarta

Em alerta ao Irã, EUA aumentam a presença militar no Oriente Médio

Em vitória para Trump, Suprema Corte suspende ordem para reintegrar 16 mil funcionários federais