Sydney - A primeira embarcação a ser usada para retomar a busca do avião da Malaysian Airline System Bhd., voo 370, no fundo do mar, seguiu para o sul do Oceano Índico. Os investigadores disseram que três zonas seriam prioritárias.
O navio GO Phoenix, contratado pela Malaysian, partiu de Cingapura no dia 9 de setembro e receberá instruções a respeito de sua zona de busca em alguns dias, disse Martin Dolan, comissário-chefe do Departamento Australiano de Segurança no Transporte (ATSB, na sigla em inglês), em entrevista.
A busca por sonar no fundo do mar na zona de 60.000 quilômetros quadrados ao largo da costa da Austrália Ocidental é a melhor esperança de encontrar os restos do Boeing Co. 777-200 que desapareceu no dia 8 de março com 239 pessoas a bordo na rota Kuala Lumpur-Pequim.
As únicas pistas do ponto final onde a aeronave teria chegado são as trocas de informações com um satélite da Inmarsat Plc, que indicou que o avião afundou em algum lugar dentro de uma região em forma de arco no oceano, a oeste da cidade de Perth.
“Estamos agora em um ponto em que podemos dizer que temos uma boa sequência de áreas prioritárias ao longo desse arco”, disse Dolan, em entrevista, ontem. “Nós sabemos qual é o primeiro lugar em que vamos procurar e formalizaremos a tarefa para isso dentro dos próximos dias”.
A busca de um ano de duração que começará ainda neste mês será a segunda vez que os investigadores enviam submarinos para o fundo do oceano em busca dos destroços do avião e, particularmente, dos gravadores de informações de voo e voz que podem ajudar a explicar seu desaparecimento.
Ponto final
A pesquisa abrange 850 quilômetros quadrados em uma área em que sons similares aos sinais de emergência da caixa preta foram ouvidos por um navio de busca australiano no início de abril sem que aparecessem evidências de destroços da aeronave.
Essa região, que fica em águas tropicais e ao norte da atual zona de busca, “pode agora ser descartada como ponto final do MH370”, disse no dia 29 de maio o Centro de Coordenação de Agências Conjuntas, um órgão do governo australiano que está trabalhando na busca.
Os navios de busca passaram os últimos quatro meses realizando pesquisas de superfície menos detalhadas do leito do oceano, o que incorpora sulcos, valas, montanhas submarinas e planícies sem traços característicos. Isso ajudará a guiar a busca no fundo do mar.
“Nós podemos ver vulcões extintos, penhascos de 2.000 metros”, disse Dolan.
Mar agitado
Os escâneres colocados em barcos encontraram algumas áreas que parecem mais duras que o terreno do entorno, mas “os profissionais de geociência dizem que têm bastante certeza de que elas são geológicas”, disse ele.
Essas anomalias podem ser causadas por afloramentos rochosos em meio a sedimentos ou mudanças nos tipos de rochas, disse Dolan. É “altamente improvável” que qualquer destroço tenha desaparecido debaixo de um deslizamento submarino, disse ele.
O mar agitado da região afetou o trabalho de busca realizado pelo Fugro Equator, um navio operado pela Fugro NV, empresa com sede em Leidschendam, Países Baixos, segundo um comunicado publicado ontem no site do ATSB.
O Fugro ganhou uma oferta do governo australiano para realizar a pesquisa submarina de 12 meses e empregará o Equator e o Fugro Discovery. A GO Phoenix está contratada pelo governo malaio.
Funcionários do ATSB estão tentando planejar a melhor forma de empregar os navios e os enviarão inicialmente para três zonas diferentes, disse Dolan. Se alguma zona parecer mais interessante, dois dos navios podem ser movidos para estudá-la mais intensamente.
“Nós tivemos navios e equipamentos realmente bons e tripulações altamente qualificadas”, disse ele. “Se tudo isso vier junto eu serei cautelosamente otimista”.
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1. Assassinatos em pleno voo
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São Paulo - O governo dos EUA já anunciou que há evidências que apontam que os insurgentes ucranianos pró-Rússia foram os responsáveis por
abater o voo MH17 da Malaysia Airlines ontem (17), na
Ucrânia. Um míssil atingiu a aeronave, que explodiu no ar. Os moradores da região, chocados, falaram em
"chuva de corpos". As 298 pessoas a bordo morreram na tragédia, tornando-a a mais mortal do tipo na história. Conheça a seguir outros 11 casos de aviões civis que foram brutalmente abatidos em pleno voo.
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2. Voo da Cathay Pacific
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Quando: 23 de julho de 1954 Um Douglas DC-4 da Cathay Pacific voava de Bangkok para Hong Kong quando foi abatido por caças chineses, na região das ilhas Hainan. 10 das 19 pessoas a bordo morreram.
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3. Voo 402
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Quando: 27 de julho de 1955 O voo 402, um voo comercial entre Viena e Tel Aviv e que deveria passar por Istambul, entrou no espaço aéreo da Bulgária. Foi interceptado por dois caças búlgaros, que abateram o avião na região de Petrich. As 58 pessoas a bordo morreram.
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4. Libyan Arab Airlines 114
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Quando: 21 de fevereiro de 1973 O voo 114 da Lybian Arab Airlines voava de Trípoli para o Cairo. Por causa de uma tempestade de areia e um malfuncionamento de equipamentos, o avião perdeu altitude, mudou sua rota e acabou entrando em espaço aéreo israelense. Dois jatos israleneses Phantom, pensando que se tratava de um MIG do Egito, abatarem a aeronave. Os destroços caíram no deserto do Sinai. 108 pessoas morreram e apenas 5 sobreviveram.
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5. Voo 902 da Korean Air
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Quando: 20 de abril de 1978 O voo 902 da Korean Air fazia um voo entre Paris e Seul quando foi derrubado na região de Murmansk, na União Soviética. Caças soviéticos atingiram a aeonave quando ela entrou no espaço aéreo restrito. O piloto conseguiu fazer um pouso de emergência. Duas pessoas morreram e 107 sobreviveram.
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6. Voo 825 da Air Rhodesia
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Quando: 3 de setembro de 1978 O voo 825 da Air Rhodesia, que fazia o trajeto Kariba-Salisbury, foi atingido por mísseis de insurgentes do Zimbábue, que tinham criado o exército Zipra. Na queda, 38 das 56 pessoas a bordo morreram. No solo, os insurgentes foram até o local do acidente e, com armas de fogo, mataram mais dez pessoas que tinham sobrevivido à queda. Oito pessoas conseguiram escapar do massacre.
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7. Voo 827 da Air Rhodesia
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Quando: 12 de fevereiro de 1979 A tragégia com o voo 825 se repetiu meses depois. Outro voo fazia o trajeto Kariba-Salisbury. Os insurgentes do Zimbábue conseguiram derrubá-lo com mísseis Strela 2. Dessa vez, os 59 passageiros morreram.
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8. Voo 780
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Quando: 27 de junho de 1980 Um voo do Itavia Airlines deveria fazer o trajeto entre Bolonha e Palermo, na Itália. Mas ele nunca chegou ao destino. Destroços foram encontrados no Mar Tirreno e os 81 passageiros morreram. Até hoje não se sabe como ele foi abatido. Primeiro, se pensou que uma bomba explodira dentro do avião. Depois, a controvérsia ficou entre jatos de guerra da OTAN e MIGs da Líbia. Mas nunca se descobriu os verdadeiros responsáveis.
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9. Voo 007 da Korean Airlines
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Quando: 1º de setembro de 1983 O voo 007 da Korean Airlines saiu de Nova York, com destino a Seul. Ele deveria parar em Anchorage, no Alasca. Lá, dois caças soviéticos interceptaram o avião e ordenaram uma mudança de rota. Quando o pedido não foi atendido, um míssil explodiu o avião, que caiu no Mar do Japão e matou 269 pessoas.
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10. Voo 655 da Iran Air
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Quando: 3 de julho de 1988 O voo 665 da Iran Air voava para Dubai pelo Golfo Pérsico. Na região, um cruzador da Marinha americana lançou mísseis contra a aeronave, matando 290 passageiros. O governo dos EUA disse que o voo fora confundido com um caça de guerra iraniano.
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11. Voo 602
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Quando: 29 de setembro de 1998 O voo 602 da Lionair fazia um trajeto entre Tâmil e Colombo, no Sri Lanka. Mas ele desapareceu com 55 pessoas a bordo. 14 anos depois, em 2012, os destroços foram encontrados. As investigações iniciais mostraram que ele fora abatido por baterias anti-aéreas de rebeldes tâmil.
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12. Voo 1812 da Siberia Airlines
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Quando: 4 de outubro de 2001 Um voo da Siberia Airlines vindo de Tel Aviv deveria pousar em Novosibirsk, na região do Mar Negro. Mas o avião caiu e os 78 passageiros morreram. Até hoje, não se sabe quem derrubou o avião, mas as maiores suspeitas recaem sobre o governo da Ucrânia. O próprio já disse que, provavelmente, um "míssil errante" atingiu a aeronave.
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13. Agora conheça histórias de aviões que desapareceram
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13/13 (SXC.Hu)