Soldados em frente à Bundestag: caminho militar não é o adequado para transformações, disse orador (Tobias Schwarz/Reuters)
Da Redação
Publicado em 3 de julho de 2014 às 09h55.
Berlim - O Parlamento alemão (Bundestag) lembrou nesta quinta-feira o começo da Primeira Guerra Mundial há 100 anos em um ato no qual os oradores principais celebraram que a <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/europa">Europa</a></strong> tenha aprendido, embora tarde, que o caminho militar não é o adequado.</p>
"Entendemos, embora demais tarde, que o caminho militar não é o adequado para conseguir transformações e que só pode ser um último recurso em casos extremos", disse o presidente do Bundestag, Norbert Lammert.
Lammert, nesse contexto, se referiu à crise atual da Ucrânia e disse que embora nesse país ocorra coisas que não se podem tolerar, "ninguém quer uma guerra".
O orador convidado, o ensaísta franco-alemão Alfred Grosser, lembrou em seu discurso que professores de história alemães e franceses tinham chegado à conclusão, em um congresso realizado em 1952, que todos os países que participaram do conflito tiveram parte de responsabilidade.
Na Alemanha, no entanto, havia um elemento particular que era o papel que tinha o estamento militar na sociedade.
O país só se transformou, segundo Grosser, depois da Segunda Guerra Mundial e o colapso absoluto.
"A República Federal Alemanha continua sendo um caso especial na Europa porque não se define através da ideia de nação mas através da rejeição ao nazismo e ao stalinismo. Infelizmente esse exemplo não contagiou outros países", disse Grosser.