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Da Redação
Publicado em 16 de julho de 2010 às 14h00.
Bruxelas - O comissário europeu de Mercado Interno, Michel Barnier, mostrou hoje (16) sua satisfação pela histórica reforma financeira aprovada nos Estados Unidos e prometeu que a Europa também terá a sua.
Em uma reação por ocasião da aprovação ontem da reforma pelo Senado americano, o responsável europeu assegura que "contribuirá para tornar mais sólido o sistema financeiro americano e internacional".
Com isso, os EUA avançam em colocar em prática os compromissos que as principais potências industriais e emergentes assumiram no Grupo dos Vinte (G20, grupo que reúne os países ricos e os principais emergentes).
Barnier lembra que a Europa "também avança rapidamente" na aplicação dos compromissos assumidos no G20 e ressalta a importância "de os mesmos serem colocados em prática ao mesmo tempo em nível internacional".
As instituições da União Europeia (UE) acabam de adotar uma importante reforma das regras prudenciais do setor e dos sistemas de remuneração de diretores nos bancos.
Além disso, a Comissão Europeia (CE) apresentou nesta semana várias propostas para proteger melhor os depositantes e investidores e a supervisionar mais de perto as agências de qualificação de riscos.
Em sua nota, Barnier expressa sua confiança em que estas negociações possam ser concluídas em setembro.
A Comissão antecipou igualmente ideias para a criação na Europa de fundos de resolução que contribuam para custear os gastos com futuras quebras bancárias, sem recorrer aos orçamentos públicos. Também anunciou que apresentará propostas legislativas para controlar os produtos derivados e vendas em descoberto.
O comissário constata que existem "diferenças" entre o enfoque americano e o europeu, mas assinala que "é normal", já que os dois sistemas institucionais e financeiros (UE e EUA) não são os mesmos.
Barnier reitera sua vontade de cooperar com as autoridades americanas para evitar que a livre concorrência internacional seja distorcida.
Através das reformas do sistema financeiro, também é possível, segundo o comissário, "restabelecer a confiança dos cidadãos e sentar as bases de um crescimento saudável e durável"