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Brittney Griner: Rússia tentou trocar ex-Marine americano por russo preso

Troca por traficante de armas russo gerou dúvidas sobre por que Washington não conseguiu libertar um ex-Marine acusado de espionagem

O porta-voz de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, fotografado com a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre (AFP/AFP)

O porta-voz de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, fotografado com a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 11 de dezembro de 2022 às 17h41.

Os esforços dos Estados Unidos para negociar a libertação de um ex-Marine preso na Rússia no âmbito da troca da jogadora de basquete Brittney Griner foram frustrados porque Moscou pediu a soltura de um russo preso por homicídio na Alemanha, informou um alto funcionário americano.

A troca de Griner pelo traficante de armas russo Viktor Bout gerou dúvidas sobre por que Washington não conseguiu libertar simultaneamente Paul Whelan, um ex-Marine acusado de espionagem por Moscou.

LEIA MAIS: Quem é Viktor Bout, traficante de armas russo que foi trocado por Brittney Griner

O porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, foi consultado neste domingo, 11, sobre informações divulgadas na imprensa de que as negociações não avançaram devido à demanda russa de libertação de Vadim Krasikov, um ex-coronel da agência nacional de espionagem russa, que cumpre pena por homicídio na Alemanha.

Kirby admitiu, em declarações à emissora ABC, que "houve uma reivindicação de que queriam um senhor Krasikov, que os alemães mantinham sob custódia".

"Simplesmente, essa não foi considerada uma oferta séria", disse Kirby, que descreveu Krasikov como "um assassino".

Kirby havia dito à CNN no fim de julho que incluir Krasikov em qualquer tipo de acordo era "uma tentativa de má fé (por parte de Moscou) de evitar uma oferta séria" do lado americano.

Na sexta-feira, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, se negou a fazer comentários sobre o assunto Krasikov.

Krasikov cumpre pena de prisão perpétua na Alemanha por assassinar um combatente checheno em um parque de Berlim, em 2019, um homicídio que, segundo as autoridades alemães, foi ordenado pelos serviços de Inteligência russos.

Alguns diplomatas americanos acreditam que a demanda para a libertação de Krasikov veio do presidente russo, Vladimir Putin, que não queria dar um trunfo político ao presidente americano, Joe Biden, em um momento de alta hostilidade pelo conflito na Ucrânia, reportou o jornal The New York Times.

Roger Carstens, enviado presidencial dos Estados Unidos para assuntos de reféns, disse à CNN que havia falado com Whelan na sexta-feira, um dia depois da troca Griner-Bout.

Carstens destacou que Whelan expressou sua "frustração" com o ocorrido. "Disse-lhe: 'Paul, você tem o compromisso deste presidente. O presidente está concentrado nisso. O secretário de Estado também. Certamente, eu também e vamos te levar para casa (...) Tenha fé. Vamos por você'", afirmou o alto diplomata.

O próprio Putin disse na sexta, durante visita ao Quirguistão, que é "possível" que haja mais trocas de prisioneiros com os Estados Unidos.

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