Médicos transportam corpo de vítima de atentado em Sousse (Reuters)
Da Redação
Publicado em 27 de junho de 2015 às 14h36.
Londres - O número de cidadãos britânicos mortos no atentado de sexta-feira na Tunísia chegou a 15, segundo informou neste sábado o vice-ministro de Relações Exteriores do Reino Unido, Tobias Ellwood.
Ellwood considerou o ataque contra turistas em um hotel da cidade de Sousse como o "mais significativo contra britânicos desde os atentados de 7 de julho de 2005" na rede de transporte de Londres, nos quais 56 pessoas morreram, incluindo quatro terroristas suicidas.
O vice-ministro anunciou que o número de vítimas britânicas ainda pode aumentar e indicou que há vários feridos internados em estado grave.
Ellwood informou que uma equipe policial chega hoje à Tunísia para ajudar no processo de identificação das vítimas e acrescentou que está em contato com os operadores turísticos para ajudar na repatriação dos britânicos que quiserem voltar.
O vice-ministro ressaltou que esse atentado evidencia a "contínua ameaça" do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) tanto no Reino Unido e como no exterior.
O representante político afirmou que o governo analisa as informações proporcionadas pelos cidadãos sobre as viagens para a Tunísia.
Ellwood confirmou o número de mortos britânicos depois que o primeiro-ministro, David Cameron, presidiu neste sábado a segunda reunião do comitê de segurança Cobra, integrado pelos principais representantes do governo e dos serviços de segurança, para analisar o atentado de sexta-feira.
Cameron destacou hoje que as vítimas eram "turistas inocentes" que estavam de férias e "não significavam uma ameaça", mas que foram assassinados por terroristas que se opõem a "países que defendem a paz, a tolerância e a democracia".
Após o incidente, os agentes de turismo começaram a evacuar os britânicos que passavam as férias no porto El Kantaoui, próximo a Sousse, onde aconteceu o atentado.
As empresas Thomas Cook e First Choice confirmaram que alguns de seus clientes morreram ou ficaram feridos nos ataques e que as viagens para a Tunísia na próxima semana foram canceladas.