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Britânicos ignoram pedido de Johnson para que façam home office

Com escolas reabertas no Reino Unido, pais voltaram mais ao trabalho presencial, mesmo com um surto de casos de covid-19 entre os britânicos

Placa de "uso obrigatório de máscara" em escritório de Londres: com escolas reabertas, pais voltaram mais ao trabalho presencial (Simon Dawson/Bloomberg via Getty Images/Getty Images)

Placa de "uso obrigatório de máscara" em escritório de Londres: com escolas reabertas, pais voltaram mais ao trabalho presencial (Simon Dawson/Bloomberg via Getty Images/Getty Images)

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Bloomberg

Publicado em 2 de outubro de 2020 às 08h30.

Última atualização em 2 de outubro de 2020 às 10h18.

Funcionários de colarinho branco no Reino Unido têm ignorado os apelos do primeiro-ministro britânico para trabalhar de casa.

O número de pessoas que entram em prédios comerciais não diminuiu desde o pedido de Boris Johnson na semana passada para que trabalhadores evitassem ir aos escritórios se possível, de acordo com dados da Metrikus, que instala sensores em prédios nas maiores cidades do Reino Unido. O pedido acompanhou medidas mais rigorosas do governo para combater o aumento de casos de covid-19.

Os dados da Metrikus mostram que a ocupação de escritórios dobrou na primeira quinzena de setembro e agora corresponde a cerca de um terço dos níveis antes das restrições introduzidas em março. O apelo de Johnson na semana passada pode ter apenas interrompido o aumento do número de pessoas que retornam aos escritórios, em vez de diminuir o fluxo, de acordo com o relatório.

Entradas em escritórios presenciais: britânicos estão saindo do home office em setembro, apesar de pedidos do premiê Boris Johnson (Bloomberg)

“Esses dados sugerem que uma série de empresas com escritórios e indivíduos concluíram que pelo menos parte de seu trabalho não pode ser concluído em casa”, disse Michael Grant, diretor de operações da Metrikus, em comunicado.

A nova recomendação para o trabalho remoto reverteu os esforços de Johnson para reabrir a economia depois que o primeiro lockdown nacional provocou uma recessão. Durante o verão, o governo incentivou a volta aos escritórios, compras em lojas e visitas a pubs e restaurantes. Mas o ressurgimento do vírus obrigou autoridades a suspenderem as iniciativas e aumentar as restrições.

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