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BRICs expressam preocupação com crise síria

Os dirigentes dos cinco países emergentes que compõem o grupo pediram que seja implementado um "processo político conduzido pelos sirios"


	V Cúpula dos Brics: "condenamos o aumento das violações aos direitos humanos e das leis humanitárias internacionais", disseram os líderes
 (Roberto Stuckert Filho/PR)

V Cúpula dos Brics: "condenamos o aumento das violações aos direitos humanos e das leis humanitárias internacionais", disseram os líderes (Roberto Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 27 de março de 2013 às 13h56.

Durban - Os países emergentes do Brics expressaram nesta quarta-feira "preocupação profunda"com a deterioração da situação militar e humanitária na Síria.

Ao fim de uma cúpula de dois dias em Durban, África do Sul, os dirigentes destes cinco países emergentes pediram que seja implementado um "processo político conduzido pelos sirios".

"Expressamos nossa profunda inquietação frente a deterioração da situação securitária e humanitária na Síria e condenamos o aumento das violações aos direitos humanos e das leis humanitárias internacionais, enquanto a violência continua", escreveram os líderes dos cinco países -Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul- em um comunicado ao final da cúpula anual em Durban.

O presidente sírio, Bashar al-Assad, pediu aos países emergentes que forçam o grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) que intervenham para deter a violência na Síria e acabar com o sofrimento de seu povo causado pelas sanções internacionais.

"Peço aos líderes do Brics para que trabalhem juntos para deter imediatamente a violência na Síria e assim garantir o êxito da solução política. Para isso, é necessária uma clara vontade internacional de cortar as fontes do terrorismo, de seu financiamento e armamento", indicou Assad em uma carta ao presidente sul-africano Jacob Zuma difundida nesta quarta-feira pela agência Sana.

"Vocês que procuram propiciar a paz, a segurança e a justiça no trastornado mundo de hoje, concentrem seus esforços para obter o cessar do sofrimento do povo sírio, causado por sanções econômicas injustas, contrárias ao direito internacional, e que afetam diretamente a vida e as necessidades diárias de nossos cidadãos", acrescentou Assad.

Em meados deste mês, a assessora de Assad, Busaina Shaaban, havia dito à AFP ter transmitido a Zuma uma mensagem do presidente sírio a fim de pedir "a intervenção do Brics para deter a violência em seu país e favorecer a abertura ao diálogo".

O presidente russo, Vladimir Putin, pediu ao Brics, antes do início de sua cúpula, que "coordene iniciativas para encontrar uma solução pacífica para a crise síria".

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