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Brics defendem reforma do sistema monetário internacional

Cinco países-membros querem discutir o papel dos Direitos Especiais de Giro, o DEG

Na reunião estavam a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, o presidente da China, Hu Jintao, o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, o presidente russo, Dmitri Medvedev, e o presidente sul-africano, Jacob Zuma (Roberto Stuckert Filho/PR)

Na reunião estavam a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, o presidente da China, Hu Jintao, o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, o presidente russo, Dmitri Medvedev, e o presidente sul-africano, Jacob Zuma (Roberto Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2011 às 06h38.

Sanya - Os líderes dos países do Brics (Brasil, China, Rússia, a Índia e África do Sul) defenderam a reforma do sistema monetário internacional na declaração final da cúpula realizada nesta quinta-feira na ilha chinesa de Hainan.

Participaram da cúpula a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, o presidente da China, Hu Jintao, o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, o presidente russo, Dmitri Medvedev, e o presidente sul-africano, Jacob Zuma, em sua primeira aparição como membro do Brics, já que seu país foi convidado a unir-se ao grupo no ano passado.

Segundo o documento, "a crise financeira internacional expôs as insuficiências e deficiências do atual sistema monetário e financeiro. Apoiamos a reforma e a evolução do sistema monetário internacional, com um sistema de reserva de divisas internacional amplo que dê estabilidade e segurança".

Os cinco países-membros do Brics são a favor de discutir o papel dos Direitos Especiais de Giro (DEG), "divisa" do Fundo Monetário Internacional (FMI), no atual sistema monetário internacional, assim como sua composição.

Atualmente, o valor dos DEG se baseia em um grupo de quatro moedas: o dólar, o euro, o iene e a libra esterlina.

Além disso, os Brics defenderam "a realização rápida dos objetivos para a reforma do Fundo Monetário Internacional estipulada em cúpulas do G20".

O grupo também assinalou que "a estrutura do governo das instituições financeiras internacionais deveria refletir as mudanças na economia mundial, com maior voz e representação das economias emergentes e dos países em desenvolvimento".

Os Brics também expressaram sua preocupação pelos riscos da volatilidade dos preços, especialmente os dos alimentos e da energia, e mostraram seu apoio para "reforçar a cooperação para assegurar a estabilidade e o desenvolvimento forte do mercado real através da redução da distorção e da maior regulação do mercado financeiro", segundo o documento.

Na entrevista coletiva realizada após o encontro, os líderes dos cinco países expressaram seu apoio ao Japão pela situação na usina nuclear de Fukushima, embora tenham manifestado em seu documento final que a energia nuclear "continuará a ser um elemento importante" para os Brics.

"A cooperação internacional para o desenvolvimento de energia nuclear segura com fins pacíficos deveria acontecer em condições de vigilância estrita dos padrões de segurança", assinala o documento.

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