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Brics aprova ingresso de Cuba, Nigéria, Vietnã e mais 10 países na condição de 'parceiros'

Nações participarão dos fóruns, mas sem direito a voto; Brasil vetou informalmente ingresso da Venezuela e da Nicarágua

Brics expande parcerias para 13 novos países, incluindo Cuba e Nigéria, sem direito a voto (Per-Anders Pettersson/Getty Images)

Brics expande parcerias para 13 novos países, incluindo Cuba e Nigéria, sem direito a voto (Per-Anders Pettersson/Getty Images)

Agência o Globo
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Publicado em 23 de outubro de 2024 às 15h56.

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O Brics aprovou o ingresso de 13 novos países na condição de "parceiros", durante encontro em Kasan, Rússia, nesta quarta-feira, 23. As novas nações participarão dos fóruns, mas sem direito a voto. Entre os países aceitos estão Cuba, Nigéria e Vietnã. A lista completa inclui ainda Turquia, Indonésia, Belarus, Bolívia, Malásia, Uzbequistão, Cazaquistão, Tailândia, Uganda e Argélia. A presidência russa do Brics articulou a expansão sem a oposição dos demais membros, incluindo o Brasil.

Brasil veta Venezuela e Nicarágua

Na última terça-feira, 22, o Brasil vetou informalmente o ingresso da Venezuela e da Nicarágua. O governo brasileiro, liderado por Luiz Inácio Lula da Silva, sempre teve preferência por manter o bloco no seu tamanho original. No entanto, por pressão dos chineses, o Brasil concordou com a ampliação, mas defende critérios para a admissão de novos membros. [Grifar]A posição brasileira reflete uma estratégia de preservação da diplomacia e das relações regionais.[Grifar]
Ao contrário da lista recente, os novos países que ingressaram no ano passado no Brics — como Egito, Irã, Emirados Árabes e Etiópia — são membros plenos do bloco, com direito a voto. Arábia Saudita ainda não formalizou seu ingresso e a Argentina retirou sua adesão após o presidente Javier Milei assumir o governo.

Discurso de Lula foca em multipolaridade e economia

Nesta quarta-feira, 23, o presidente Lula, em um discurso de sete minutos por videoconferência, destacou a importância econômica do bloco e defendeu temas como a taxação dos super ricos e o papel do Sul Global no cenário internacional. Ele também pediu medidas de países ricos para mitigar os efeitos do aquecimento global.
Devido a um acidente doméstico, Lula não compareceu presencialmente à Cúpula do Brics em Kasan, delegando ao chanceler Mauro Vieira a liderança da delegação brasileira. Na quinta-feira, ocorrerá uma reunião maior entre os líderes do bloco e cerca de 30 países convidados.

Próximos passos do Brics

Ao assumir a presidência do Brics no próximo ano, o Brasil pretende intensificar sua atuação em prol de um mundo multipolar e de relações internacionais menos assimétricas. Durante o discurso, Lula evitou abordar temas como democracia ou novos membros interessados no bloco, concentrando-se na agenda econômica e de desenvolvimento.

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