Moradores de Stanley, nas Malvinas, no dia 10 de março de 2013 durante o referendo (Tony Chater/AFP)
Da Redação
Publicado em 16 de dezembro de 2013 às 20h36.
Londres - A Grã-Bretanha acusou nesta segunda-feira a Argentina de adotar "táticas de intimidação" sobre o que disse serem tentativas sem fundamento do governo argentino de tornar ilegal a exploração de gás e petróleo em águas no entorno das Ilhas Malvinas, território britânico no extremo sul da América do Sul disputado pela Argentina.
A acusação é a mais recente de uma longa rivalidade sobre a soberania da ilhas que, três décadas depois de uma fracassada invasão argentina, se intensificou porque empresas com o aval do governo britânico verificaram a possibilidade de explorar gás e óleo na área.
No mês passado, a Argentina introduziu uma lei que impõe sanções criminais para o que definiu como "exploração ilegal" de hidrocarbonetos na plataforma continental argentina, incluindo penas de 15 anos de prisão e multas enormes.
As Ilhas Malvinas ficam na plataforma continental.
"Este é um gesto sem fundamento com o objetivo de impedir atividade comercial legítima", disse a Secretaria de Relações Exteriores britânica, em um comunicado, acrescentando que o país havia protestado formalmente em Buenos Aires.
"É vergonhoso que a Argentina esteja novamente adotando táticas de intimidação em uma tentativa de estrangular a economia das Ilhas Malvinas." A Grã-Bretanha informou que as empresas que pretendem explorar reservas de gás e petróleo no entorno das ilhas, que ficam a cerca de 450 quilômetros da costa argentina, estão submetidas às leis das Ilhas Malvinas, em conformidade com a Organização das Nações Unidas (ONU).