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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.
São Paulo - A Braskem foi procurada pelo consórcio Norte Energia, vencedor do leilão de concessão da usina hidrelétrica de Belo Monte, para atuar como autoprodutora no grupo, formado basicamente por empresas de construção.
Além da petroquímica, outras duas empresas foram procuradas pelo consórcio para atuar na mesma modalidade, disse o presidente da Braskem, Bernardo Gradin.
"Fomos procurados e assumimos um acordo de confidencialidade (com o consórcio)... A Braskem se mantém interessada em ser autoprodutora", disse o executivo em entrevista coletiva nesta sexta-feira sobre os resultados da petroquímica no primeiro trimestre.
Para Gradin, a tarifa de 78 reais por megawatt-hora oferecida pelo consórcio vencedor, encabeçado por Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), Queiroz Galvão e Grupo Bertin (por meio de Gaia Energia e Contern Construções), é competitiva.
"Mas não é só isso. Junto vem o risco de ser investidor, o retorno sobre o negócio. É isso que temos que avaliar", disse.
O executivo não deu mais detalhes, ao ser questionado sobre prazos para uma tomada de decisão, pela Braskem, sobre a entrada em Belo Monte.
O consórcio que venceu o leilão para construção da usina, cujo investimento está calculado em 19 bilhões de reais, não possui nenhuma autoprodutora --empresa que utilizaria a energia produzida para consumo próprio.
O consórcio Belo Monte Energia, que perdeu o leilão e era liderado pela Andrade Gutierrez, tinha tanto a Vale quando a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA, do grupo Votorantim), como autoprodutoras.