Cerca de 70% dos entrevistados no país afirmam se interessar pela origem dos ingredientes naturais usados para produzir cosméticos, alimentos e bebidas (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 17 de maio de 2012 às 10h05.
São Paulo - A União para o Biocomércio Ético (UEBT) divulgou nesta quarta-feira, 16/05, o estudo Barômetro de Biodiversidade 2012, que avaliou o nível de conhecimento e preocupação da população de oito países - Brasil, Índia, Peru, França, Alemanha, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos - a respeito da fauna e flora. Os brasileiros se saíram bem na pesquisa e levaram o título de mais bem informados a respeito do assunto.
97% dos entrevistados nascidos no país "verde e amarelo" já haviam ouvido falar de biodiversidade e 47% deles souberam definir o termo de forma correta. "Ou seja, quase um em cada dois consumidores sabe exatamente do que se trata", diz Cristiane de Moraes, representante da UEBT no Brasil.
O segundo lugar desse ranking ficou com a França, onde 95% estão familiarizados com o assunto e 38% sabem explicá-lo, seguida pela Suíça. A pior colocação foi a da Índia. Apenas, 19% dos entrevistados do país já ouviram falar em biodiversidade e só 0,4% deles souberam definir o conceito corretamente.
Preocupação na hora das compras
No quesito consumo consciente, os brasileiros também apresentaram resultados satisfatórios. Cerca de 70% dos entrevistados no país afirmam se preocupar em conhecer a origem dos ingredientes naturais usados para produzir cosméticos, alimentos e bebidas, mostrando que se preocupam com a preservação da fauna e flora. Além disso, 69% deixariam de comprar um artigo, caso soubessem que o fabricante não possui boas práticas na cadeia de abastecimento.
Para se informar a respeito do assunto, a maioria dos brasileiros recorre a programas de televisão e documentários. Já a segunda fonte mais utilizada para descobrir a relação das empresas com a biodiversidade é a publicidade - sobretudo, as propagandas de TV.
Apesar de toda a ânsia do consumidor por informações a respeito do engajamento das marcas com a preservação da fauna e flora, poucas empresas comunicam sobre a questão. De acordo com a pesquisa da UEBT, apenas, 31 das 100 empresas líderes do mercado de beleza, por exemplo, mencionam a biodiversidade em seus sites ou relatórios socioambientais.
"É preciso atentar para essa grande lacuna e aproveitar a deixa dada pelos consumidores que querem saber se o que eles estão levando para casa tem uma pegada sustentável ou não", afirma Cristiane de Moraes.
Veja o resumo do Barômetro de Biodiversidade 2012, em inglês.