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Brasileiros devem contar com força das instituições, diz EUA

Segundo assessora, os EUA continuarão a apoiar a construção de instituições responsáveis, duráveis, que sustentem a democracia


	Dilma e Obama: “os cidadãos estão levantando suas vozes em nome de princípios que estão na base das sociedades democráticas e justas"
 (Roberto Stckert Filho/PR)

Dilma e Obama: “os cidadãos estão levantando suas vozes em nome de princípios que estão na base das sociedades democráticas e justas" (Roberto Stckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 18 de março de 2016 às 09h13.

O Brasil foi citado quatro vezes pela assessora de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Susan Rice, em discurso feito ontem (17) à noite em Washington, durante solenidade sobre as transformações que ocorrem no momento no Hemisfério Ocidental.

Em uma das vezes, a assessora do presidente Barack Obama fez referência ao atual momento político brasileiro: “Para navegar neste momento desafiador, os brasileiros devem contar com a força de suas instituições democráticas e sua resiliência como um povo”.

Susan Rice falou no Centro Adrienne Arsht da América Latina, uma entidade que visa a discutir, em escala global, as ideias e os projetos públicos e privados realizados na América Latina.

Nas Américas, segundo Susan Rice, os Estados Unidos continuarão a apoiar a construção de instituições responsáveis, duráveis, que sustentem a democracia, o crescimento econômico e os serviços básicos.

Citou os casos do Chile, que está reformando suas leis de lobby; do México, que vem fortalecendo o Judiciário; e do Paraguai, que aprovou recentemente uma lei que torna obrigatória a publicação online dos salários dos funcionários do governo.

Em seguida, Susan Rice citou o Brasil: “Por todo o Brasil, os cidadãos estão levantando suas vozes em nome de princípios que estão na base das sociedades democráticas e justas, incluindo Estado de Direito, o devido processo legal e [a necessidade de] prestação de contas”.

Ela defendeu a colaboração que os Estados Unidos vêm mantendo com parceiros regionais para enfrentar ameaças à saúde. Mencionou a colaboração que o governo e as instituições de saúde norte-americanas vêm realizando para combater o vírus Zika.

“Juntamente com o Brasil e a Colômbia, estamos realizando pesquisas para mitigar os efeitos do vírus”, afirmou.

Segundo a assessora, os Estados Unidos e o Canadá enviarão especialistas em saúde pública para os países que enfrentam surtos de Zika ou doenças similares.

“Esse trabalho também vai ajudar a melhorar a saúde pública e a capacidade científica nas Américas e reforçar a nossa capacidade de combater outras doenças transmitidas por mosquitos, como a dengue e chikungunya”, disse Susan Rice.

“Por meio de nossa Agenda Segurança Mundial da Saúde, vamos apoiar os parceiros em toda a região para melhor prevenir, detectar e responder a ameaças de doenças infecciosas, antes que se tornam epidemias.”, acrescentou.

Ao falar sobre a cooperação econômica para a energia limpa, Susan Rice disse que os Estados Unidos estão trabalhando para assinar um acordo histórico para os países situados entre o Canadá e o Caribe, onde o clima é vulnerável em razão da mudanças das condições metereológicas.

“Temos também vantagens únicas quando se trata de energia limpa, que estamos aproveitando por meio da nossa Parceria para a Energia e Clima das Américas. O Brasil tem sido um líder em biocombustíveis. O Chile está desenvolvendo fontes geotérmicas. E o Haiti, depois do devastador terremoto de 2010, construiu o maior hospital movido a energia solar do mundo”, lembrou.

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