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Brasileiro produz tanto lixo quanto europeu, diz estudo

A média de geração de lixo no Brasil é de 1,152 kg por habitante ao dia; na União Europeia (UE), a razão é um pouco maior: 1,2 kg ao dia por habitante diariamente

Lixo na calçada de uma das ruas mais movimentadas em São Paulo: brasileiro já começa a produzir tanto lixo quanto os europeus.  (.)

Lixo na calçada de uma das ruas mais movimentadas em São Paulo: brasileiro já começa a produzir tanto lixo quanto os europeus. (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Rio de Janeiro - O brasileiro já produz a mesma quantidade de lixo que um europeu. A melhoria do poder de compra dos brasileiros está fazendo com que a população do País produza cada vez mais lixo inorgânico, como embalagens, ao mesmo tempo em que a implantação de programas de coleta seletiva e os níveis de reciclagem não crescem na mesma medida. Os dados fazem parte do estudo Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2009, que será divulgado hoje, no Rio de Janeiro.

A média de geração de lixo no Brasil hoje é de 1,152 quilo por habitante ao dia, padrão próximo aos dos países da União Europeia (UE), cuja média é de 1,2 kg ao dia por habitante. Nas grandes capitais, esse volume cresce ainda mais: Brasília é a campeã, com 1,698 kg de resíduos coletados por dia, seguida do Rio, com 1,617 kg/dia, e São Paulo, com 1,259 kg/dia. Além disso o volume de lixo cresceu 7,7% em 2009 - foram 182 mil toneladas/dia produzidas ante 169 mil toneladas/dia no ano anterior.

O estudo, anual, abrange 364 municípios e foi realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), entidade que reúne as empresas de coleta e destinação de resíduos. "Alcançamos um padrão europeu de geração de resíduos e estamos nos aproximando dos americanos (2,8 kg por habitante/dia). Infelizmente, isso está acontecendo sem alcançarmos o mesmo grau de desenvolvimento desses países", afirma Carlos Roberto da Silva Filho, diretor executivo da Abrelpe.

De acordo com o levantamento, 56,8% desse lixo vai para aterros sanitários, 23,9% vai para aterros controlados (que não possuem tratamento de chorume) e 19,3% termina em lixões. Os aterros das grandes cidades, no entanto, caminham para a saturação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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