Lagarde disse que sua candidatura ao FMI está inscrita na corrente de reformas do ex-presidente Dominique Strauss-Kahn (Agencia Brasil / Antonio Cruz)
Da Redação
Publicado em 17 de junho de 2012 às 09h17.
São Paulo - A ministra das Finanças da França, Christine Lagarde, disse que o Brasil precisa ser melhor representado no Fundo Monetário Internacional.
Lagarde, candidata ao cargo de diretora-gerente do fundo, reuniu-se hoje com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em Brasília. Ela disse que escolheu o Brasil para iniciar sua campanha mundial porque é um grande país emergente cujas propostas contam muito no cenário internacional.
”A grande prioridade é reformar a governança, seguir nisso, aprofundando a revisão das cotas. O Brasil tem de ser melhor representado”, disse a ministra francesa em uma entrevista coletiva em Brasília ao lado de Mantega. ”Todos os países têm de ser convenientemente representados. A subrepresentação tem de ser corrigida. Me comprometo a levar até o fim a revisão das cotas.”
Lagarde disse que sua candidatura ao FMI está inscrita na corrente de reformas do ex-presidente Dominique Strauss-Kahn que renunciou ao cargo depois de ter sido preso sob a acusação de violentar a empregada do hotel onde se hospedava em Nova York.
Mantega e Lagarde evitaram comentar a proposta do Brasil de o próximo diretor-gerente apenas completar o mandato de Strauss- Kahn, que se encerra no fim de 2012. O ministro brasileiro disse que é ultrapassada a tradição seguida, desde os anos 40, segundo a qual o comando de FMI fica com um europeu e os Estados Unidos ficam à frente do Banco Mundial.
Mantega não respondeu à pergunta dos jornalistas sobre o suposto apoio da China para a candidatura de Lagarde, mas limitou-se a dizer que ”não há candidato dos emergentes neste momento.
Nesta semana, Mantega receberá a visita do concorrente de Lagarde ao cargo de diretor-gerente do FMI. É o presidente do banco central do México, Agustin Carstens.