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Serra critica "detenções arbitrárias" na Venezuela

Segundo José Serra, essas detenções ocorreram "à revelia do devido processo legal e em claro desrespeito a liberdades e garantias fundamentais"


	José Serra: o governo chileno também expressou preocupação pela situação do profissional
 (Henry Romero / Reuters)

José Serra: o governo chileno também expressou preocupação pela situação do profissional (Henry Romero / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2016 às 11h07.

Brasília - O ministro das Relações Exteriores brasileiro, José Serra, reiterou nesta terça-feira a "preocupação" do governo de Michel Temer frente à "multiplicação recente de detenções arbitrárias na Venezuela", entre as que citou o caso do jornalista Braulio Jatar.

Segundo o comunicado do Ministério das Relações Exteriores, essas detenções ocorreram "à revelia do devido processo legal e em claro desrespeito a liberdades e garantias fundamentais".

A nota acrescenta que se tenta um "desdobramento que dificulta ainda mais o diálogo entre governo e oposição, indispensável para a superação da dramática crise política, econômica, social e humanitária" que sofre esse país.

Jatar, jornalista chileno que mora na Ilha Margarita, foi detido no último dia 3 "por cometer crimes graves tipificados na legislação venezuelana", segundo as autoridades da Venezuela.

Sua detenção, assim como as de outras 30 pessoas, ocorreu um dia depois de o presidente Nicolás Maduro realizar uma visita à comunidade de Villa Rosa, onde foi recebido com sonoros protestos.

Os outros detidos foram libertados, mas Jatar permanece preso e, segundo informou ontem o portal "Reporte Confidencial", coordenado pelo jornalista, ele foi trasladado a uma prisão localizada no estado de Guárico.

O governo chileno também expressou preocupação pela situação do profissional, e recebeu uma dura resposta do governo venezuelano.

"A República Bolivariana da Venezuela exige à Chancelaria chilena apego às normas internacionais, respeito à soberania venezuelana e coerência histórica com os processos unitários e de integração sul-americana", manifestou o governo de Maduro, que rejeitou o que qualificou de "injerencismo" por parte do Chile. 

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