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Brasil e mais 8 países pressionam por proteção de trabalhadores humanitários em Gaza

Além de Brasil e Austrália, o grupo ministerial inclui Colômbia, Indonésia, Japão, Jordânia, Reino Unido, Serra Leoa e Suíça

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 24 de setembro de 2024 às 07h02.

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Nove países, entre eles o Brasil, anunciaram nesta segunda-feira, em Nova York (EUA), a criação de um grupo ministerial com o objetivo de aumentar a proteção de trabalhadores de organizações humanitárias em Gaza e em outras áreas de conflito.

A ministra das Relações Exteriores da Austrália, Penny Wong, que está em Nova York para participar da Assembleia Geral da ONU, disse em um comunicado que o grupo, em colaboração com agências de ajuda humanitária, desenvolverá uma declaração sobre a proteção dos trabalhadores humanitários nos próximos meses, que deverá ser endossada por outras nações.

Além de Brasil e Austrália, o grupo ministerial inclui Colômbia, Indonésia, Japão, Jordânia, Reino Unido, Serra Leoa e Suíça.

Essa iniciativa apoiará os esforços do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, para melhorar a segurança dos trabalhadores humanitários, de acordo com a Resolução 2730 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, emitida em maio para promover e garantir o respeito às regras e aos princípios do direito internacional humanitário.

“O respeito ao direito internacional humanitário está seriamente prejudicado, com consequências para os conflitos atuais e futuros. Os pedidos de cumprimento não são atendidos”, disseram os nove países em comunicado conjunto.

A iniciativa internacional tem como objetivo reverter as tendências globais que resultaram na morte de 280 trabalhadores humanitários e deixaram centenas de feridos e sequestrados em zonas de conflito até 2023.

“2024 deverá ser ainda pior”, acrescenta o texto, lembrando as mortes ocorridas neste ano em Sudão, Sudão do Sul, Ucrânia, Iêmen e Gaza, este último considerado o lugar mais perigoso do mundo para um trabalhador humanitário.

Mais de 300 trabalhadores humanitários morreram em Gaza desde o início da guerra entre Israel e o grupo islâmico palestino Hamas, em 7 de outubro do ano passado, segundo o comunicado.

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