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Brasil e Argentina não querem outras Cúpulas sem Cuba

Héctor Timerman e Antonio Patriota manifestaram nesta terça-feira intenção de que a próxima Cúpula das Américas seja a última sem a participação de Cuba

Patriota crescentou que na reunião anterior o então presidente Lula já tinha manifestado sua intenção de que Cuba participasse do encontro (Cristiano Mariz/VEJA)

Patriota crescentou que na reunião anterior o então presidente Lula já tinha manifestado sua intenção de que Cuba participasse do encontro (Cristiano Mariz/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2012 às 21h29.

São Paulo - O chanceler argentino, Héctor Timerman, de visita no Brasil, e seu colega brasileiro, Antonio Patriota, manifestaram nesta terça-feira sua intenção de que a próxima Cúpula das Américas, que será realizada na Colômbia em abril, seja a última sem a participação de Cuba.

'Esta tem que ser a última cúpula da qual Cuba não participa', disse o ministro argentino de Relações Exteriores em entrevista coletiva conjunta com Patriota em São Paulo.

Timerman, que nesta terça-feira se reuniu com o chefe da diplomacia brasileira, acrescentou que seu governo 'agradece à Colômbia', país anfitrião, pelos esforços realizados.

O ministro acrescentou que a presença da ilha caribenha na reunião é necessária para que 'finalmente a Cúpula seja das Américas'.

Patriota mostrou sua concordância com a postura de Timerman e acrescentou que na reunião anterior o então presidente Lula já tinha manifestado sua intenção de que Cuba participasse do encontro.

Por outra parte, o ministro brasileiro expressou seu objetivo de visitar a Argentina 'em breve' e anunciou reuniões mais frequentes entre os subsecretários dos dois ministérios para 'aprofundar a agenda de cooperação' entre os países.


O chanceler brasileiro também afirmou que a reunião tinha sido eminentemente de caráter político e que tinham revisado os assuntos bilaterais, regionais e globais.

A primeira Cúpula da Américas aconteceu em Miami em 1994 com a participação dos 34 países-membros ativos da Organização dos Estados Americanos (OEA), da qual Cuba foi suspensa em 1962.

A suspensão foi levantada em 2009, mas o governo cubano não fez os trâmites para se reincorporar e disse que não tem intenção de fazer.

O governo dos EUA manifestou abertamente sua rejeição a convocar Cuba a Cartagena de Indias, onde será realizada a reunião de abril, por considerar que esse país não cumpre com os requisitos democráticos fixados em 2001 pelos participantes. 

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