(Mongkol Nitirojsakul / EyeEm/Getty Images)
Repórter de macroeconomia
Publicado em 16 de junho de 2024 às 06h01.
Última atualização em 17 de junho de 2024 às 13h42.
O Brasil é um dos 50 países mais perigosos do mundo, e o terceiro pior da América Latina, mostra o Global Peace Index 2024, divulgado nesta semana.
O estudo, produzido pelo Institute for Economics and Peace (IEP), se baseia em 23 indicadores para aferir o nível de segurança em 163 países do mundo. Os indicadores são baseados em três eixos: conflitos em curso, medidas de segurança e proteção, e militarização.
Neste ranking, que lista os países mais bem colocados em segurança, o Brasil aparece na posição 131. Na América do Sul, Venezuela (142º) e Colômbia (146º) estão em situação pior que a do Brasil. Já a Argentina foi considerado o melhor país da região (46º na posição geral), seguida por Uruguai (52º) e Chile (64º).
No mundo todo, a Islândia foi apontada como o país mais seguro do mundo, seguido por Irlanda e Áustria. Veja as listas ao final da reportagem.
Entre os piores, estão Iêmen, Sudão e Sudão do Sul, países atingidos por guerras civis. O top 10 dos países mais inseguros contém Afeganistão, Ucrânia, Rússia e Israel.
Na América Latina, houve destaque para a melhora de El Salvador, que teve o melhor avanço no índice e subiu 21 posições, mas ocupa o 107º lugar. O país teve quedas nas taxas de homicídios e aumento na percepção de segurança. O presidente Nayib Bukele, reeleito este ano, adotou uma política de linha dura contra o crime, que inclui a construção de megaprisões e a retirada de direitos civis.
“Na última década, a paz diminuiu em nove dos dez anos. Atingimos um número recorde de conflitos, com um aumento da militarização e a uma maior concorrência estratégica internacional, que afetam negativamente a economia mundial e aumenta o risco de novos embates, além de agravar a desigualdade social” afirma Steve Killelea, fundador e presidente do IEP, em comunicado.
A entidade aponta que há 56 conflitos ativos no mundo, entre guerras civis e entre países diferentes. Ao mesmo tempo, 92 países estão engajados em algum conflito militar fora de suas fronteiras, o maior número desde 2008.
O IEP estima que a violência tenha gerado um impacto de US$ 19,1 trilhões no mundo todo em 2023, usando o indicador de paridade de poder de compra, sendo que a maior parte desse valor se refere a gastos militares e com segurança interna. Ao mesmo tempo, a violência reduz a atividade econômica, como na Ucrânia. Após a invasão russa, o PIB do país caiu 30% em 2022. Na Síria, a guerra civil levou à uma queda de 85% do PIB, segundo o estudo.
1 Islândia
2 Irlanda
3 Áustria
4 Nova Zelândia
5 Singapura
6 Suíça
7 Portugal
8 Dinamarca
9 Eslovênia
10 Malásia
155 Israel
156 Síria
157 Rússia
158 República Democrática do Congo
159 Ucrânia
160 Afeganistão
161 Sudão do Sul
162 Sudão
163 Iêmen
1 Argentina
2 Uruguai
3 Chile
4 Bolívia
5 Paraguai
6 Peru
7 Guiana
8 Equador
9 Brasil
10 Venezuela
11 Colômbia