A Rio+20 vai acontecer em 2012 para discutir o clima e o meio ambiente do planeta (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 22 de novembro de 2011 às 12h34.
Brasília – As mudanças climáticas devem ser a principal questão tratada pelo Brasil nas mesas de discussão da Conferência Rio+20, na avaliação do secretário executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, Luiz Pinguelli. O encontro está marcado para junho de 2012, no Rio de Janeiro.
Durante a abertura do seminário Propostas para a Conferência Rio+20: Temas para Aprofundamento do Diálogo Social, Pinguelli lembrou que o Brasil apresentou, na 15ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-15), o que chamou de metas de impacto acerca da redução da emissão de gases.
“A Rio+20 é outro momento importante [para se discutir o assunto]”, disse. “Não relegarmos a questão do clima, ela está contemplada no documento [que trata das contribuições brasileiras para a Rio+20], mas acho que devemos dar mais ênfase”, completou.
Para o coordenador do Acordo sobre o Desenvolvimento Sustentável e membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, Clemente Ganz Lúcio, a prioridade brasileira, neste momento, deve ser um trabalho conjunto com a sociedade civil na busca do cumprimento da agenda do desenvolvimento sustentável.
“Sabemos que a efetividade dessa agenda está longe, mas muito longe, de alcançar as metas propostas na Rio-92”, ressaltou. Segundo ele, é preciso desenvolver metas e garantir uma governança multilateral e participativa. “Trata-se de uma perspectiva de construção de alianças na sociedade civil que fortaleçam a capacidade de demandar dos Estados e dos governos”, concluiu.
O ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Moreira Franco, também defendeu que o país defina metas que “permitam dar à natureza do crescimento que queremos ver o compromisso com os princípios que defendemos de uma economia verde”.
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, acredita que o Brasil precisa construir “um documento de peso”, a ser levado para o encontro do ano que vem, capaz de reeditar o impacto registrado na Rio-92 – a primeira conferência global sobre o tema sustentabilidade. “Precisamos chegar com uma posição de consenso, para que a Rio+20 se transforme em novo marco para a sociedade”, disse.