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Brasil deve economizar R$ 75 mi com horário de verão

A previsão do governo federal é reduzir entre 4,5% e 5% a demanda por energia no período de pico do consumo

A redução total de consumo deve ficar em torno de 0,5%, de acordo com o Ministério de Minas e Energia (EXAME)

A redução total de consumo deve ficar em torno de 0,5%, de acordo com o Ministério de Minas e Energia (EXAME)

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Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2012 às 19h18.

Brasília - A partir de hoje (16), os moradores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, da Bahia e do Distrito Federal devem adiantar os relógios em uma hora em relação ao horário oficial para se adaptar ao horário de verão.

A previsão do governo federal é reduzir entre 4,5% e 5% a demanda por energia no período de pico do consumo, entre as 18h e as 21h, durante o horário de verão, que começou hoje e termina em 26 de fevereiro de 2012. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê uma economia entre R$ 75 milhões e R$ 100 milhões para o país durante o período.

O horário de verão é adotado sempre nesta época do ano para aproveitar melhor a luminosidade natural do dia e reduzir o consumo de energia, que cresce naturalmente por causa do calor e do aumento da produção industrial às vésperas do Natal. Com o horário de verão, é possível reduzir a demanda por energia no período de suprimento mais crítico do dia, entre as 18h e as 21h, quando a coincidência da utilização de energia elétrica por toda a população provoca um pico de consumo.

Com os relógios adiantados em uma hora, é possível aproveitar melhor a luz natural, o que resulta em uma redução média de 4% a 5% na demanda nesse horário e poupa o país de sofrer as consequências da sobrecarga na rede durante a estação mais quente do ano, quando também aumenta o uso de eletricidade para refrigeração, ar condicionado e ventilação.

A redução total de consumo deve ficar em torno de 0,5%, de acordo com o Ministério de Minas e Energia. A redução entre 4,5% e 5% da demanda por energia no horário de pico, estimada pelo governo para este horário de verão, é semelhante à que foi registrado no ano passado (4,4%)


De acordo com o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Ildo Grüdtner, a adoção do horário de verão resulta em ganhos para a sociedade, pois evita investimentos na expansão do sistema de energia para atender à demanda no horário de pico. “Se não são feitos investimentos, o consumidor não tem aumento de tarifa”. Outro benefício é a segurança do sistema, que passa a operar mais aliviado.

O horário de verão vai terminar uma semana mais tarde no ano que vem, porque a data prevista para o fim do novo horário, que seria no terceiro domingo de fevereiro, vai coincidir com o feriado de carnaval. De acordo com o decreto que instituiu o horário de verão, quando há coincidência entre o dia previsto para o término da hora de verão e o domingo de carnaval, o encerramento deve ser no domingo seguinte, que cairá no dia 26 de fevereiro. O objetivo é evitar que, em meio a um feriado, a população acabe se esquecendo de ajustar os relógios.

Este ano, o horário de verão também será adotado na Bahia, a pedido do governador do estado, Jaques Wagner. Além da Bahia, o novo horário valerá para os estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná, de São Paulo, do Rio de Janeiro, Espírito Santo, de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal.

No Brasil, o horário de verão foi instituído pela primeira vez no verão de 1931/1932 pelo então presidente Getúlio Vargas e foi implantado até 1967, mas de forma esporádica. A medida foi suspensa por 18 anos e voltou a vigorar no verão de 1985/86, como parte do racionamento ocorrido na época por falta de água nos reservatórios das hidrelétricas. Desde então, o horário de verão passou a ocorrer todos os anos e atualmente vários países fazem mudança no horário convencional para aproveitar melhor a luminosidade do verão.

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