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Publicado em 1 de agosto de 2024 às 18h49.
Os governos do Brasil, da Colômbia e do México divulgaram um comunicado conjunto nesta quinta-feira, 1º, pedindo que a Venezuela publique os dados da eleição após “controvérsias”.
A Venezuela se encontra em um impasse após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ter declarado o atual presidente, Nicolás Maduro, como vencedor da eleição deste domingo, 28.
No entanto, a oposição alega fraude e defende que o vencedor foi o candidato oposicionista Edmundo González. Além do movimento de oposição, governos de outros países — como a Argentina e o Peru — apontam irregularidades no pleito e não reconheceram o resultado.
Antes de a nota ser divulgada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou remotamente com os presidentes Manoel Lopez Obrador, do México, e Gustavo Petro, da Colômbia, sobre a crise eleitoral na Venezuela. Participaram também, do lado do Brasil, o ministro Mauro Vieira, das Relações Exteriores, e o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, informou a EFE.
O Brasil já havia solicitado ao CNE — órgão controlado na prática por Maduro — a apresentação das atas eleitorais. A autoridade eleitoral venezuelana ainda não fez isso, mesmo após 4 dias da divulgação do resultado.
Brasil, México e Colômbia seguem em sua posição de nem reconhecer nem refutar o resultado eleitoral. Por enquanto, os países esperam pelas atas.
Os governos do Brasil, Colômbia e México felicitamos e expressamos nossa solidariedade com o povo venezuelano, que compareceu massivamente às urnas em 28 de julho para definir seu próprio futuro.
Acompanhamos com muita atenção o processo de escrutínio dos votos e fazemos um chamado às autoridades eleitorais da Venezuela para que avancem de forma expedita e divulguem publicamente os dados desagregados por mesa de votação.
As controvérsias sobre o processo eleitoral devem ser dirimidas pela via institucional. O princípio fundamental da soberania popular deve ser respeitado mediante a verificação imparcial dos resultados.
Nesse contexto, fazemos um chamado aos atores políticos e sociais a exercerem a máxima cautela e contenção em suas manifestações e eventos públicos, a fim de evitar uma escalada de episódios violentos.
Manter a paz social e proteger vidas humanas devem ser as preocupações prioritárias neste momento.
Que esta seja uma oportunidade para expressar, novamente, nosso absoluto respeito pela soberania da vontade do povo da Venezuela. Reiteramos nossa disposição para apoiar os esforços de diálogo e busca de acordos que beneficiem o povo venezuelano.