Mundo

Brasil, Alemanha, Japão e Índia querem reforma do CS da ONU

O G4 (Brasil, Alemanha, Japão e Índia) defende a reforma do conselho de tal forma que reflita o mundo atual


	Dilma Rousseff: a presidente Dilma Rousseff reiterou seu apelo para que a comunidade internacional retome o debate sobre a reforma do Conselho de Segurança.
 (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)

Dilma Rousseff: a presidente Dilma Rousseff reiterou seu apelo para que a comunidade internacional retome o debate sobre a reforma do Conselho de Segurança. (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2012 às 12h57.

Brasília - Os governos do Brasil, da Alemanha, do Japão e da Índia emitiram ontem (25) declaração conjunta em defesa da ampliação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). O órgão que define as decisões sobre a segurança e a paz no mundo é composto por 15 países, dos quais apenas cinco têm assento permanente (China, França, Rússia, Estados Unidos e Reino Unido) e dez rotativos - cujo período é de dois anos.

O G4 (Brasil, Alemanha, Japão e Índia) defende a reforma do conselho de tal forma que reflita o mundo atual. O formato em vigor é do período após a 2ª Guerra Mundial. Ontem, os ministros Antonio Patriota (Brasil), Guido Westerwelle (Alemanha), Koichiro Gemba (Japão) e Ranjan Mathai (Índia) reuniram-se, em Nova York, para discutir a ampliação do Conselho de Segurança.

Após o encontro dos chanceleres, foi divulgado um comunicado com cinco parágrafos, no qual os quatro governos reiteram a necessidade de retomar o debate sobre a reforma do órgão.

"Os ministros expressaram a visão sobre o forte apoio para uma expansão em ambas as categorias [vagas permanentes e rotativas], que deve ser refletida no processo de negociação entre os Estados-membros e solicitam a elaboração de um documento conciso como base para futuras negociações", diz o texto.

Nas discussões sobre a ampliação do Conselho de Segurança há várias propostas. Uma delas sugere a ampliação de 15 para 25 vagas no total, abrindo espaço para um país em cada continente. Nas Américas, o Brasil e a Argentina pleiteiam uma vaga no órgão. Na África, não há consenso.

Ao longo da declaração conjunta, os ministros reiteram que é fundamental rever o formato atual do Conselho de Segurança. "[É necessário promover a reforma] a fim de melhor refletir as realidades geopolíticas de hoje. Os países do G4 reafirmaram compromissos como aspirantes a novos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, bem como seu apoio às respectivas candidaturas. Também reafirmam sua visão da importância de a África ser representada", diz o texto.

Ontem, no discurso de abertura da 67ª Assembleia Geral das Nações Unidas, a presidente Dilma Rousseff reiterou seu apelo para que a comunidade internacional retome o debate sobre a reforma do Conselho de Segurança. Segundo ela, da forma como está, as decisões têm sido tomadas à revelia do órgão, o que não é positivo nem colabora para a multipolaridade. "É inaceitável", definiu a presidente.

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaAmérica LatinaÁsiaConselho de Segurança da ONUDados de BrasilEuropaÍndiaJapãoPaíses ricos

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru