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Brasil: acordo contribui para busca de solução na Síria

Autoridades brasileiras elogiaram a decisão da Síria de aderir à Convenção sobre a Proibição de Armas Químicas e a promessa de aplicar as normas do tratado


	Protestos contra uma intervenção militar dos Estados Unidos na Síria
 (Jonathan Ernst/Reuters)

Protestos contra uma intervenção militar dos Estados Unidos na Síria (Jonathan Ernst/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2013 às 17h47.

Brasília - O governo brasileiro comemorou o acordo firmado pelos Estados Unidos e pela Rússia para a eliminação das armas químicas na Síria. Pelo acordo, o governo de Damasco tem uma semana para apresentar a lista de armas químicas. A solução costurada pelo secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, foi resultado de três dias de negociações.

“O governo brasileiro confia que tais medidas contribuirão significativamente para emprestar novo vigor à busca de uma solução negociada e para atender às legítimas aspirações da sociedade síria. Nesse sentido, o Brasil reitera seu inequívoco apoio ao representante especial da ONU [Organização das Nações Unidas] e da Liga Árabe, Lakhdar Brahimi, e à realização de nova conferência internacional sobre a Síria, para cujo êxito continua pronto a contribuir”, destaca em nota.

No comunicado,  divulgado hoje (15) no site do Ministério de Relações Exteriores, as autoridades brasileiras também elogiaram a decisão da Síria de aderir à Convenção sobre a Proibição de Armas Químicas e a promessa de aplicar imediatamente as normas do tratado. As autoridades do Brasil destacaram que esperam que a adesão estimule outras nações a seguirem o mesmo caminho.

Há três dias, o porta-voz da Organização das Nações Unidas, Farhan Haq, anunciou o pedido do governo sírio para aderir à convenção de 1993, que trata da interdição das armas químicas.

Em novembro, inspetores da ONU começam a chegar ao território sírio com a missão de eliminar as armas químicas do país até meados do ano que vem, acrescentou o secretário de Estado norte-americano. Kerry disse que não haverá lugar para manobras ou qualquer opção que não seja uma completa aplicação pelo regime de Bashar Al Assad.

Pelos cálculos divulgados pela ONU, mais de 100 mil pessoas morreram nos conflitos na Síria, desde 2011. Quase 2 milhões de refugiados buscaram abrigo na Jordânia, na Turquia e no Líbano.

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