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BP começa a cimentar poço no Golfo; ações da empresa melhoram

Avanços na eliminação da causa de desastre ambiental auxiliam recuperação das ações da empresa

Procedimento busca fechar e isolar poço definitivamente (AFP)

Procedimento busca fechar e isolar poço definitivamente (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.

Houston - A BP começou nesta quinta-feira a injetar cimento em seu poço petrolífero rompido no Golfo do México, ao mesmo tempo em que avançou com a operação para eliminar permanentemente a fonte do maior vazamento marítimo de óleo no mundo.

Engenheiros estavam injetando cimento no poço de grande profundidade de Macondo, depois de injeções anteriores de lodo pesado, esta semana, terem reduzido a pressão ascendente do óleo e gás do poço, que já havia sido fechado temporariamente em meados de julho.

"O objetivo do procedimento é ajudar na estratégia de fechar e isolar o poço. Este esquema vai complementar a operação de escoamento adicional que será realizado", disse a BP em comunicado à imprensa.

A chamada "static kill" (eliminação estática), feita de alto a baixo, deve ser concluída este mês, quando a "bottom kill" (eliminação de baixo para o alto) será realizada, injetando mais lodo e cimento através de um poço secundário que vai interceptar o poço que estava vazando. Essa é vista como sendo a solução final para tampar o depósito de petróleo situado 4.000 metros abaixo do leito do mar.

Os avanços na eliminação da causa de desastre ambiental na costa do Golfo dos EUA constituem um alívio tanto para a BP, cujas ações e imagem saíram prejudicadas, como para o presidente Barack Obama, cujos índices de aprovação também foram afetados negativamente pelas críticas ao modo como sua administração tratou o vazamento.

Depois que o governo norte-americano anunciou esta semana que cerca de 75 por cento dos estimados 4,9 milhões de barris de óleo que vazaram do poço já se evaporaram, dispersaram ou foram contidos de outra maneira, alguns especialistas em meio ambiente dizem que a costa do Golfo nos EUA pode estar livre de um cenário de pesadelo.

Refletindo a esperança de que o drama de 108 dias possa estar se aproximando do final, as ações da BP atingiram seu ponto mais alto em dois meses no pregão matinal de Londres. Voltaram a cair mais tarde, sendo negociadas com alta de mais ou menos 1 por cento.

"Estamos satisfeitos por ver que a BP parece ter estancado o vazamento e que agora será possível fazer uma avaliação mais completa dos danos causados e das medidas remediais necessárias. Esperamos que o pior para a empresa já tenha ficado para trás", disse à Reuters um acionista da BP que pediu para não ser identificado.

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