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Boris Johnson deve anunciar plano de reabertura do Reino Unido

Enquanto o Reino Unido planeja retomada de voos internacionais, o Chile fecha as portas do país para conter a pandemia, apesar da vacinação avançada

Boris Johnson: o primeiro-ministro deve fazer anúncio sobre a retomada de voos internacionais (Hannah McKay - WPA Pool/Getty Images)

Boris Johnson: o primeiro-ministro deve fazer anúncio sobre a retomada de voos internacionais (Hannah McKay - WPA Pool/Getty Images)

FS

Filipe Serrano

Publicado em 5 de abril de 2021 às 06h00.

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O avanço da vacinação no Reino Unido tem feito os britânicos vislumbrarem uma recuperação da pandemia nos próximos meses e uma volta da rotina. Nesta segunda-feira, 5, o primeiro-ministro Boris Johnson deve fazer um pronunciamento para anunciar os planos do governo para a próxima fase de reabertura e de alívio das medidas de confinamento.

Segundo a imprensa britânica, a expectativa é de que o comércio não essencial possa voltar a reabrir a partir do próximo dia 12. Pubs e restaurantes também devem ser autorizados a atender clientes em áreas ao ar livre. E salões de beleza, cabeleireiros e academias também poderão voltar a funcionar normalmente.

Boris Johnson também deve falar sobre os planos para a retomada de voos internacionais. Hoje, viagens a lazer para o exterior estão proibidas. Mas o governo espera liberar os voos gradualmente nos próximos meses, com a proximidade das férias de verão, o que traz alívio para o setor de hotelaria e aviação comercial.

As autoridades do país consideram criar um sistema de controle em quatro níveis no aeroporto internacional de Heathrow, um dos mais movimentados do mundo. Os voos internacionais seriam classificados em quatro categorias (vermelho, âmbar, amarelo e verde) de acordo com a gravidade da pandemia no país de destino ou origem. Assim, os passageiros teriam de seguir procedimentos de segurança diferentes de acordo com a categoria do voo.

O Reino Unido foi o primeiro país a começar a vacinação contra a covid-19, ainda em dezembro, e tem avançado rapidamente com a campanha. Ao todo, mais de 31,4 milhões de pessoas já receberam pelo menos a primeira dose da vacina, o que equivale a quase metade da população. O número de pessoas completamente vacinadas, no entanto, é menor --- 5,2 milhões (8% da população).

O avanço na vacinação fez o número de casos e de mortes da doença despencar. No fim de janeiro, o país chegou a ter uma média móvel de 1.200 mortes por dia. Hoje o número está em 36, de acordo com os dados da Universidade Johns Hopkins.

O Chile fecha as portas

A situação positiva do Reino Unido contrasta com a do Chile. A partir desta segunda-feira, o país sul-americano fechará todas as fronteiras e não permitirá viagens ao exterior, nem a entrada de estrangeiros. A decisão foi tomada pelo governo do presidente Sebastián Piñera na semana passada e busca conter a alta de casos da doença no país. A medida valerá durante todo o mês de abril.

Os chilenos vivem uma segunda onda da covid-19. O número de novos casos diários bateu recorde atrás de recorde na última semana, e a média de mortes já passa de 100 por dia, num país com 18,9 milhões de habitantes.

O vírus tem se espalhado em alta velocidade no Chile apesar da vacinação avançada. O Chile é o terceiro país do mundo com a maior parcela da população vacinada, atrás somente de Israel e do Reino Unido. Cerca de 36% da população receberam ao menos uma dose da vacina contra a covid-19. O número equivale a cerca de 6 milhões de pessoas.

O que se vê é que, embora as vacinas ajudem a conter a doença, como tem acontecido no Reino Unido, ainda é preciso manter as medidas de isolamento para evitar que o vírus continue circulando e fazendo novas vítimas enquanto toda a população ainda não é vacinada.

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