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Bombardeios não impedem aproximação do EI de cidade curda

Jihadistas do Estado Islâmico prosseguiam avançando na direção de Ain al Arab, e se encontravam a apenas 2 ou 3 quilômetros desta cidade curda da Síria

Tanques turcos: se tomarem localidade, os jihadistas controlarão vasta faixa territorial (Bulent Kilic/AFP)

Tanques turcos: se tomarem localidade, os jihadistas controlarão vasta faixa territorial (Bulent Kilic/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2014 às 13h17.

Beirute - Os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) prosseguiam avançando nesta terça-feira na direção de Ain al Arab, e se encontravam a apenas dois ou três quilômetros desta cidade curda da Síria, apesar dos bombardeios aéreos da coalizão nesta região.

"O EI está agora a 2 ou 3 km de Kobane (nome curdo da localidade), apenas um vale separa os jihadistas da cidade", afirmou à AFP Rami Abdel Rahman, diretor do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

Se tomarem esta localidade, os jihadistas controlarão uma vasta faixa territorial, contínua ao norte da Síria e ao longo da fronteira com a Turquia.

O avanço do EI provocou uma fuga em massa na região, e mais de 160 mil pessoas cruzaram a fronteira em direção à Turquia.

O governo turco reforçou o dispositivo militar em torno do posto de fronteira de Mursitpinar, onde há mais de dez tanques e veículos blindados, e na terça-feira pedirá ao Parlamento autorização para realizar ataques na Síria e no Iraque, ao lado da coalizão internacional contra o EI.

Estados Unidos e o grupo de aliados, principalmente do Golfo, iniciaram uma campanha de ataques aéreos contra posições jihadistas na Síria na terça-feira passada, um mês e meio depois de terem iniciado uma operação similar no vizinho Iraque.

Até domingo, os bombardeios tinham se concentrado principalmente em bases dos jihadistas e em refinarias de petróleo utilizadas por estes combatentes, com o objetivo de debilitar uma de suas principais fontes de financiamento.

Além da França, a coalizão internacional liderada por Washington conta na Síria com o apoio de aviões da Jordânia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.

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