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Bombardeios israelenses matam 75 pessoas em Gaza, incluindo em zona humanitária segura

Entre os mortos no acampamento humanitário de al-Mawasi estavam o chefe da agora desmantelada polícia do território palestino, Mahmoud Salah, e seu adjunto, Hussam Shahwan

 Bombardeios em Gaza: aumento do número de vítimas em meio a novos ataques israelenses (AFP)

Bombardeios em Gaza: aumento do número de vítimas em meio a novos ataques israelenses (AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 2 de janeiro de 2025 às 20h38.

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As Forças de Defesa de Israel (FDI) realizaram uma série de bombardeios nesta quinta, 2, contra alvos da polícia do Hamas na Cidade de Gaza, em Magazzi, no centro da Faixa de Gaza, e na zona humanitária de Al Mawasi, no sul. Os ataques causaram a morte de ao menos 75 pessoas e deixaram dezenas de feridos,.

Ao menos 40 pessoas morreram na Cidade de Gaza, uma das regiões mais atingidas hoje pelas FDI. Os ataques se concentraram em bairros como Zeitun, Al Tuffah, Al Shati, Al Daraj e Shujaiya, entre outros.

Fontes locais informaram que ao menos quatro dos bombardeios tinham como objetivo eliminar policiais do Hamas. Mohamed Basal, porta-voz da Defesa Civil palestina, afirmou: “O que está acontecendo agora na Faixa de Gaza é uma clara loucura das forças de ocupação israelenses, e não podemos mais responder a todos os pedidos de ajuda em função dos bombardeios e ataques contínuos que não pararam”.

O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, acusou Israel de realizar ao menos “34 ataques e crimes” em todas as províncias do enclave contra civis desarmados nas últimas 24 horas.

Ataques na zona humanitária de Al Mawasi

Al Mawasi, região designada por Israel como zona humanitária, foi atacada em pelo menos duas ocasiões. O primeiro ataque, realizado nas primeiras horas da manhã, atingiu uma tenda de desabrigados, incendiando outras ao redor enquanto crianças e adultos dormiam. O bombardeio resultou em 11 mortes, incluindo o major general Mahmoud Salah, diretor geral da polícia no sul de Gaza, e Hussam Shahwan, diretor do Departamento de Investigações Gerais.

Israel justificou os ataques afirmando que o diretor geral da polícia estava colaborando com o Hamas em supostos planos contra soldados israelenses. No entanto, o Hamas denunciou os ataques como uma tentativa de “espalhar o caos e aprofundar o sofrimento humanitário”.

Negociações de cessar-fogo e desafios humanitários

Uma delegação do Hamas retomará negociações em Doha sobre um cessar-fogo com mediadores do Catar, Egito e Estados Unidos. O diálogo, que apresentava avanços em dezembro, foi interrompido devido a novas exigências do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.

Enquanto isso, os habitantes de Gaza enfrentam condições cada vez mais difíceis. O frio intenso nas últimas semanas já causou a morte de seis bebês, ampliando os desafios para a população vulnerável.

“Estamos afetados por esta notícia, mas não temos nenhuma informação oficial”, afirmou um oficial das FDI nesta quinta-feira.

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