Cairo - O exército leal ao presidente sírio, Bashar al Assad, promoveu um intenso bombardeio nesta quarta-feira na cidade de Alepo, capital econômica do país, deixando dezenas de mortos, de acordo com informações dos grupos opositores.

O número de vítimas oscila de acordo com a organização de que provém as informações. Os Comitês de Coordenação Local afirmaram que mais de 100 pessoas foram mortas hoje na Síria, a metade só em Alepo. Já o Observatório Sírio de Direitos Humanos reduziu o número total para 70, sendo 33 deles em Alepo.

A Comissão Geral da Revolução Síria destacou que nos ataques contra o bairro de Al Nairib morreram pelo menos 12 pessoas da mesma família, incluindo mulheres e crianças.

Além disso, os subúrbios de Endan e Hayan, no norte de Alepo, foram bombardeados pelos aviões do exército, informaram os Comitês.

Enquanto isso, no povoado de Albukamal, na província de Deir Zur, no nordeste do país, as forças do regime enfrentaram os rebeldes do Exército Livre da Síria (ELS), afirmou o Observatório.

Esse mesmo grupo afirmou que nas localidades de Yalda, Kafr Batna, Yarmana e Yabrud, na periferia de Damasco, foram registrados disparos e bombardeios das tropas governamentais.

A Comissão salientou que Yalda foi cenário de intensos bombardeios com morteiros e mísseis, enquanto os helicópteros das forças armadas sobrevoavam a região.

Além disso, o Observatório disse que no bairro de Yobar, na capital, foram encontrados corpos de nove pessoas com sinais de disparos.

Essas informações não puderam ser confirmadas de forma independente devido às restrições impostas pelo regime sírio ao trabalho dos jornalistas.

Os fatos acontecem no segundo dia da visita do presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), Peter Maurer, que se reuniu hoje em Damasco com o ministro das Relações Exteriores, Walid Muallem, e o ministro do Interior, Mohammed Ibrahim al Shaar, entre outros, segundo uma fonte da Agência Efe na Síria.

Na última terça-feira, Maurer se reuniu com Assad. O presidente sírio exigiu que a Cruz Vermelha se mantenha independente e neutra para ter acesso aos civis.