Mundo

Bombardeios da coalizão árabe matam 17 civis no Iêmen

O distrito de Al Motun é cenário de duros combates entre os rebeldes xiitas houthis e as forças leais ao presidente iemenita


	Iêmen: o distrito de Al Motun é cenário de duros combates entre os rebeldes xiitas houthis e as forças leais ao presidente iemenita
 (Khaled Abdullah / Reuters)

Iêmen: o distrito de Al Motun é cenário de duros combates entre os rebeldes xiitas houthis e as forças leais ao presidente iemenita (Khaled Abdullah / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2016 às 15h56.

Sana - Pelo menos 17 civis morreram nesta sexta-feira em bombardeios da coalizão árabe, liderada pela Arábia Saudita, nas províncias de Saada e Al Yuf, situadas no noroeste do Iêmen, segundo veículos de comunicação do movimento rebelde dos houthis.

A emissora de televisão "Al Masira", de propriedade dos houthis, disse que três crianças, uma mulher e um homem pertencentes a uma mesma família morreram em um ataque aéreo contra uma casa na região de Al Hamaqui, localizada no distrito de Baquem, na província de Saada, o principal reduto dos rebeldes no Iêmen.

Além disso, o canal acrescentou que três homens e uma mulher morreram e outros ficaram feridos em um ataque aéreo contra o veículo no qual estavam no distrito de Al Motun, na província de Al Yuf, vizinha de Saada.

Além disso, oito pessoas morreram e 14 sofreram ferimentos em um ataque a uma casa nesse mesmo distrito.

Até agora não foi possível confirmar estas informações por fontes independentes.

O distrito de Al Motun é cenário de duros combates entre os rebeldes xiitas houthis e as forças leais ao presidente iemenita, Abdo Rabbo Mansour Hadi, que recebem o apoio da coalizão árabe sunita.

Além disso, prosseguiram hoje pelo quarto dia consecutivo os bombardeios contra quartéis da Guarda Republicana nos arredores de Sana.

A coalizão árabe bombardeou também posições houthis nas áreas de Hiran e Maran, localizadas na província de Hasha, no noroeste do Iêmen, junto à fronteira com a Arábia Saudita.

Hoje, o enviado especial da ONU para o Iêmen, Ismail Ould Sheikh Ahmed, condenou a escalada da violência no país apesar do cessar-fogo e após o fim das negociações de paz no Kuwait, e pediu às partes que alcancem uma solução política de forma urgente.

A coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita intensificou nos últimos dias seus ataques aéreos contra posições dos houthis e suas forças aliadas, leais ao ex-presidente Ali Abdullah Saleh, em oito províncias iemenitas.

Além disso, se intensificou a luta entre as forças fiéis a Hadi e os houthis nas zonas rurais da província de Sana e na de Taiz, no sudoeste do país.

A expectativa é que no prazo de um mês as conversas de paz prossigam em outro lugar ainda por determinar.

A aliança de exércitos árabes capitaneada por Riad começou uma ofensiva militar no Iêmen em março de 2015 em resposta ao avanço dos rebeldes rumo à cidade meridional de Aden, que forçou o exílio do presidente Hadi.

Acompanhe tudo sobre:Arábia SauditaIêmen

Mais de Mundo

Tarifas de Trump: Canadá alerta que EUA vão depender de petróleo da Venezuela

Controlador em colisão aérea em Washington ficou sozinho porque colega saiu mais cedo

Trudeau afirma que Canadá responderá "com força" às ​​tarifas de Trump

Por que sistema anticolisão não evitou choque entre avião e helicóptero nos EUA? Entenda