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Rússia mata 27 civis em bombardeio contra reduto rebelde na Síria

Cerca de 40 ataques foram feitos em Duma nas últimas duas horas por aviões da Rússia, aliado ao governo de Bashar Al-Assad

Ghouta Ocidental: cerca de cinco crianças estão entre as vítimas (Bassam Khabieh/Reuters)

Ghouta Ocidental: cerca de cinco crianças estão entre as vítimas (Bassam Khabieh/Reuters)

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AFP

Publicado em 6 de abril de 2018 às 14h53.

Última atualização em 6 de abril de 2018 às 15h28.

Beirute - Pelo menos 27 pessoas morreram nesta sexta-feira, entre elas cinco menores de idade, e dezenas ficaram feridas em bombardeios de aviões da Rússia, aliada do governo da Síria, contra a cidade de Duma, nos arredores de Damasco, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

A fonte destacou que a aviação russa efetuou cerca de 40 ataques nas duas últimas horas contra Duma, o último reduto rebelde da região de Ghouta Oriental, na periferia da capital.

As forças armadas sírias entraram em Duma após o fracasso das negociações entre a Rússia e o Exército do Islã, que controla essa cidade, para pacificar a região.

A televisão síria, que citou uma fonte da polícia de Damasco, ressaltou que pelo menos duas pessoas morreram e outras 20 ficaram feridas pelo disparo de projéteis por parte do Exército do Islã contra várias áreas da capital e seus arredores.

As áreas onde os foguetes caíram foram Masaken Barze, Al Rabue, Dahie al Assad, a Praça dos Omíadas e Meze 86.

O Observatório confirmou a morte de duas pessoas por esses ataques com projéteis e acrescentou que houve 17 feridos.

Durante a última semana, a Rússia e o Exército do Islã fizeram negociações para pacificar Duma e inclusive alcançaram um acordo para evacuar esta cidade, que está suspenso desde ontem por divergências entre as partes.

O acordo estipulava a mudança dos combatentes e os civis que desejassem sair de Duma a Al Bab e Yarablus, na província nortista de Aleppo e sob o controle de rebeldes apoiados pela Turquia.

A televisão estatal acusou o Exército do Islã de ter obstruído essas conversas.

Segundo o Observatório, havia uma corrente dentro do Exército do Islã que se opunha à saída dos guerrilheiros de Duma, já que o acordo de evacuação na prática representa a rendição deste grupo.

Outro dos motivos do adiamento eram os impedimentos que a Turquia estava impondo para a passagem dos ônibus com evacuados das áreas em poder das autoridades sírias em Aleppo às que estão nas mãos dos insurgentes.

Duma é o último reduto opositor em Ghouta Oriental, onde o exército sírio e seus aliados iniciaram uma operação em fevereiro.

Após os avanços militares e os acordos com as diferentes facções islamitas da região, as forças armadas sírias controlam 94% da região.

 

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