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Bomba mata 47 na cidade de Quetta, no Paquistão

No ano passado, mais de 400 xiitas foram mortos no país, muitos vítimas de atiradores ou de bombas

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2014 às 15h44.

A organização paquistanesa Lashkar-e-Jhangvi - se uma ameaça grandes proporções à segurança do país, assumiu a responsabilidade por um ataque sectário a xiitas que matou 47 pessoas na cidade de Quetta neste sábado.

Autoridades dizem que a maior parte dos mortos pertenciam à minoria xiita do Paquistão, que tem sido alvo de ataques de extremistas sunitas que aparentemente agem à vontade para dar cabo de ataques sectários.

"A explosão foi causada por um aparelho explosivo improvisado preso a uma motocicleta", disse o vice-inspetor-geral da polícia em Quetta, Wazir Khan Nasir.

"Isso é uma continuação do terrorismo contra os xiitas".

Mais de 400 xiitas foram mortos no Paquistão no ano passado, muitos por atiradores ou em ataques com bombas, e os agressores quase nunca são presos.

Um porta-voz da LeJ assumiu responsabilidade pelo massacre deste sábado próximo ao principal bazar, escola e centro de informática. Havia sacolas e livros escolares espalhados pelo local.

"Eu vi muitos corpos de mulheres e crianças", disse uma testemunha ocular num hospital. "Pelo menos doze pessoas morreram queimadas pela explosão".

No mês passado, o LeJ afirmou ter realizado um atentado em Quetta que matou mais de 100 pessoas, um dos piores ataques sectários do Paquistão. Milhares de xiitas protestaram em várias cidades após o ataque.

A maioria das agências de inteligência ocidentais consideram o talebã e a al Qaeda as maiores ameaças à segurança no Paquistão, que tem armas nucleares e é um aliado estratégico dos Estados Unidos.

Mas autoridades de segurança do Paquistão dizem que a Lej tornou-se uma força formidável, dando cabo de ataques em várias partes do país com o objetivo de desencadear guerra sectária, criar caos e instalar uma teocracia sunita.

A crescente violência sectária prejudicou a credibilidade do governo, que já enfrentava críticas antes de eleições em maio por sua incapacidade de resolver pobreza, corrupção e estagnação econômica.

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