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Bomba é encontrada em carro de jornalista no Paquistão

Hamid Mir, apresentador do programa Capital Talk, um dos mais influentes no país, se livrou do atentado após a polícia desarmar a bomba


	O ministro paquistanês do Interior, Rehman Malik (D), fala com o jornalista Hamid Mir: o repórter tinha sido criticado no mês passado por talibãs
 (Farooq Naeem/AFP)

O ministro paquistanês do Interior, Rehman Malik (D), fala com o jornalista Hamid Mir: o repórter tinha sido criticado no mês passado por talibãs (Farooq Naeem/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2012 às 12h59.

Islamabad - Um famoso jornalista paquistanês, Hamid Mir, apresentador do programa Capital Talk, um dos mais influentes no país, escapou nesta segunda-feira de uma tentativa de assassinato após a polícia desarmar uma bomba que estava debaixo de seu veículo, de acordo com o chefe da polícia de Islamabad, Bani Amin.

"A bomba estava numa caixa metálica, pesava meio quilo e estava ligada a um detonador", explicou Amin à emissora privada Geo.

Mir, que também escreve no Jang, o jornal mais lido do país, tinha sido criticado mês passado pelo Movimento dos Talibãs do Paquistão (TTP) após a tentativa de assassinato contra a jovem militante dos direitos das meninas à educação Malala Yousafzai.

"Trata-se de uma mensagem a mim, a Geo e à toda comunidade jornalística no Paquistão", declarou Hamid Mir à emissora. "Eles (os talibãs paquistaneses) querem nos impedir de dizer a verdade, mas eu quero dizer que não nos deixaremos intimidar".

O ministro do Interior Rehman Malik ofereceu uma recompensa de 50 milhões de rúpias, cerca de meio milhão de dólares, uma fortuna ness país pobre, para qualquer pessoa que tiver informações sobre esse atentado.

"Se a bomba tivesse explodido, o carro teria sido despedaçado", declarou Malik, que garantiu também que vai reforçar a segurança do jornalista.

Fontes haviam informado à polícia no mês passado que uma mensagem interceptada dos talibãs falava de planos de ataque contra jornalistas, principalmente da Geo, por causa da cobertura da emissora do caso Malala Yousafzai.

O jornalista não quis especular segunda-feira sobre a identidade das pessoas ou do grupo que botou uma bomba no seu veículo. "Vamos esperar o resultado da investigação", declarou.

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