Emmanuel Macron: presidente francês foi diagnosticado com covid enquanto a França luta contra uma segunda onda da doença (Koji Sasahara/Pool/Reuters)
Da Redação
Publicado em 7 de julho de 2020 às 13h35.
Última atualização em 17 de dezembro de 2020 às 09h23.
A notícia nesta quinta-feira, 17 de dezembro, de que o presidente francês Emmanuel Macron está com coronavírus adiciona mais um líder mundial à lista de governantes que já tiveram a doença neste ano.
Além do presidente francês, fazem parte do grupo dos mandatários infectados nomes como o presidente Jair Bolsonaro, que pegou a covid-19 em julho, e o americano Donald Trump, diagnosticado em outubro, às vésperas da eleição presidencial americana.
O primeiro-ministro inglês, Boris Johnson, foi um dos casos mais sérios até agora entre os líderes, e teve de passar mais de uma semana na UTI. No Reino Unido, outra figura importante também teve covid-19: o herdeiro do trono e futuro chefe de Estado do país, Príncipe Charles.
Na América Central, outro caso grave foi do presidente de Honduras, Juan Orlando Hernández, que precisou ficar internado por 16 dias. Veja abaixo a lista de alguns dos líderes mundiais que contraíram o vírus.
O presidente francês Emmanuel Macron foi diagnosticado com o novo coronavírus nesta quinta-feira, segundo informou o gabinete presidencial. A informação é de que Macron passa bem e seguirá trabalhando isolado. Suas próximas viagens foram canceladas, inclusive uma visita ao Líbano que estava marcada para o dia 22 de dezembro. A doença de Macron vem em um momento em que a França, como os outros países europeus, sofre com uma segunda onda do novo coronavírus. Os países da União Europeia aguardam a aprovação do regulador europeu, a EMA, para a vacina de Pfizer/BioNTech, e a vacinação está prevista para começar poucos dias após o Natal.
A informação de que Trump está com covid-19 foi confirmada em 2 de outubro, em postagem no Twitter pessoal do próprio presidente. A primeira-dama Melania Trump também foi diagnosticada com a doença. A confirmação deixou o presidente americano de quarentena às vésperas da eleição americana, que aconteceu em 3 de novembro e terminou com vitória do rival democrata Joe Biden.
O presidente do Brasil Jair Bolsonaro confirmou em julho que contraiu o novo coronavírus. O presidente fez o exame após apresentar sintomas da covid-19, como febre de 38º C, cansaço e dor muscular. O presidente não apresentou complicações durante o tratamento.
Bolsonaro tem histórico de minimizar o impacto da covid-19, que oficialmente já contaminou mais de 4 milhões de brasileiros e deixou mais de 145.000 vítimas.
O primeiro-ministro britânico Boris Johnson foi diagnosticado com a covid-19 no final de março, teve complicações e precisou ser internado poucos dias depois. O primeiro-ministro chegou a passar alguns dias na unidade de tratamento intensivo.
A doença mudou drasticamente a forma como Johnson responde à pandemia: depois de ficar internado, o presidente agradeceu ao sistema público de saúde (o NHS) e passou a defender as medidas sanitárias, como o isolamento social, que antes vinha criticando.
Assim como Johnson, o herdeiro do trono britânico, o príncipe Charles, foi diagosticado com a covid-19 também em março. Charles tem 71 anos e é o filho mais velho da rainha Elizabeth II. Apesar de ser parte do grupo de risco da doença, o príncipe não teve complicações relativas à covid-19, segundo as informações divulgadas.
A esposa do primeiro-ministro canadense Justin Trudeau teve a covid-19 no mês de março, quando a pandemia ainda estava no ínicio, e precisou ficar em isolamento. O político também chegou a ficar em isolamento com a esposa, mas não apresentou sintomas e continuou cumprindo os compromissos de trabalho. Até hoje não está confirmado se Trudeau teve coronavírus na ocasião.
O presidente de Belarus (antiga Bielorrússia) foi citado recomendando aos cidadãos que bebessem "vodca" contra a covid-19 e chamou a pandemia de "psicose". Depois, em julho, Lukashenko foi diagnosticado com o vírus. O primeiro ministro da vizinha Rússia, Mikhail Mishustin, também teve a doença.
Lukashenko, aliás, foi um dos poucos líderes que não tomou medidas contra a covid-19 em seu país. Além da pandemia, o presidente enfrenta até agora uma onda de protestos contra a eleição em agosto, que deu ao mandatário, conhecido como "o último ditador da Europa", novo mandato e cujos resultados um crescente número de eleitores questiona.
O chefe de Estado do principado de Mônaco também teve a covid-19. Aos 62 anos, Albert II não teve complicações da saúde.
O vice-presidente do Irã foi outro líder mundial que também contraiu a covid-19, assim como dois ministros do país, ambos também no mês de março.
Na América Central, o presidente de Honduras, Juan Orlando Hernández, precisou ficar internado por 16 dias em junho.
Após encontro com a comitiva brasileira do presidente Jair Bolsonaro, que teve diversos casos de confirmados de covid-19, o prefeito de Miami foi outro líder diagnosticado com o novo coronavírus.