Bolívia: o chefe da polícia antidrogas, coronel Gonzalo Quezada, disse em uma coletiva de imprensa que desde janeiro já prendeu "31 colombianos, 19 peruanos, 16 argentinos, 14 brasileiros", entre outros. (GettyImages)
Da Redação
Publicado em 19 de abril de 2013 às 15h55.
La Paz - O governo boliviano busca reforçar seus controles fronteiriços, principalmente com Brasil e Peru, com os quais compartilha uma fronteira de quase 4.200 quilômetros, depois que foi detectada a entrada de criminosos ou atividades ilícitas a partir destes países, indicou nesta sexta-feira o ministro do Interior, Carlos Romero.
"Temos que tomar medidas em nível de controles migratórios, depois podemos controlar o crime, podemos fazê-lo perfeitamente", afirmou o ministro Romero, entrevistado pela rádio católica Fides, após crimes nas ruas que atingiram a cidade de Santa Cruz, 900 km a leste de La Paz.
A Bolívia, no coração da América do Sul, tem 3.132 quilômetros com o Brasil e 1.131 km com o Peru "e ali temos vulnerabilidade, no oriente (leste boliviano) com as pessoas que entram do Brasil e no ocidente (oeste) com as pessoas que entram do Peru", afirmou a autoridade governamental.
Afirmou que, "com estas amplas fronteiras, temos 15 postos de controle migratório (terrestre), mais três nos aeroportos internacionais: estes 18 postos são insuficientes".
Do Peru procede cocaína, junto a traficantes peruanos. Esta droga, elaborada na Bolívia, termina no Brasil e no Paraguai, parte permanece nestes países e o restante é enviado aos mercados europeus.
Na quinta-feira, um capanga brasileiro foi detido em Santa Cruz acusado pela polícia de matar a tiros em via pública um cidadão boliviano. Outros dois capangas colombianos também foram detidos nas últimas 24 horas por outros incidentes, causando comoção entre a população.
O chefe da polícia antidrogas, coronel Gonzalo Quezada, disse em uma coletiva de imprensa que desde janeiro já prendeu "31 colombianos, 19 peruanos, 16 argentinos, 14 brasileiros", entre outros.
O ministro Romero manifestou que uma das medidas para melhorar os controles fronteiriços com Peru e Brasil, mas também com Paraguai, Argentina e Chile, é reforçar o intercâmbio de informação.