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Bolívia deseja retomar relações com EUA e repor embaixadores

Evo Morales fez a declaração no Palácio presidencial de Quemado, após a reunião com o Encarregado de Negócios americano


	O presidente da Bolívia, Evo Morales: "A partir desta reunião queríamos acelerar nossas relações entre o governo da Bolívia com o governo dos Estados Unidos", disse.
 (Franck Fife/AFP)

O presidente da Bolívia, Evo Morales: "A partir desta reunião queríamos acelerar nossas relações entre o governo da Bolívia com o governo dos Estados Unidos", disse. (Franck Fife/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2015 às 14h46.

A Bolívia tem o desejo de retomar as relações diplomáticas com os Estados Unidos e voltar a nomear embaixadores, tal como fez Washington com outros países como Cuba e Irã, afirmou nesta terça-feira em La Paz o presidente Evo Morales.

O governante fez a declaração no Palácio presidencial de Quemado, após a reunião que teve com o Encarregado de Negócios americano, Peter Brennan, máximo diplomata em exercício após a expulsão de embaixadores em 2008.

"Estamos aqui para retomar as boas relações com o governo dos Estados Unidos. Que melhor que as gestões que nosso conselheiro (Brennan, dos Estados Unidos) fará para, no futuro, repor as embaixadas correspondentes", afirmou o presidente Morales.

O encarregado de Negócios americano informou posteriormente que ainda não podia dar uma data sobre quando poderão ser enviados embaixadores.

"Chegar a nível de embaixadores é um próximo passo e ainda não posso dizer quando irá ocorrer, mas tomara que possamos alcançá-lo", complementou Brennan.

Morales expulsou o embaixador americano em 2008, acusando-o de apoiar um suposto complô da direita local. Washington negou a acusação e também expulsou o embaixador boliviano em reciprocidade.

"A partir desta reunião queríamos acelerar nossas relações entre o governo da Bolívia com o governo dos Estados Unidos", acrescentou Morales, dando como exemplo o enfoque diplomático que a Casa Branca deu as suas relações com Irã e Cuba.

"Antes, os Estados Unidos nos diziam para não termos relações com Cuba ou com o Irã. Agora os Estados Unidos têm boas relações com Cuba e com o Irã, uma surpresa, e nós não podemos estar fora destas relações em um contexto político internacional", disse o presidente.

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