De acordo com a mesma fonte, a Bolívia tinha em 2010 mais de 31 mil hectares de plantações, 22% mais que em 2006 quando o presidente Evo Morales chegou ao poder (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 30 de março de 2012 às 18h21.
Chimoré - O Governo da Bolívia, com apoio de Brasil e Estados Unidos, começou a aplicar nesta sexta-feira um novo sistema de controle por satélite da destruição de plantações de folha de coca, matéria-prima para produzir cocaína, com a ONU como observadora.
O novo sistema, estipulado em fevereiro, foi inaugurado pelo ministro de Governo, Carlos Romero, junto com o embaixador do Brasil, Marcel Biato, e o encarregado de negócios dos EUA, John Creamer, em um ato em Chimoré, povoado do centro da Bolívia onde se produz coca.
O objetivo do projeto é dotar a Bolívia de tecnologia para identificar novas plantações, disse o vice-ministro de Substâncias Controladas, Felipe Cáceres, aos jornalistas levados ao local pelo Governo.
Os EUA forneceram os equipamentos para a medição das plantações por satélite e o Brasil a tecnologia para processar e interpretar as imagens.
Ambos capacitaram os bolivianos que se encarregarão do sistema, e os dados obtidos serão compartilhados para garantir a 'credibilidade e eficácia', assinalou Biato, expressando sua confiança em que a 'vontade política' e a tecnologia darão resultados na luta antinarcóticos.
Creamer, por sua vez, afirmou que o projeto 'reflete muito bem a necessidade de coordenar os recursos e os esforços para ter possibilidades de sucesso' perante o narcotráfico e o crime organizado, que 'não respeitam as fronteiras'.
A Bolívia é o terceiro maior produtor mundial de coca e cocaína, depois de Peru e Colômbia, e o principal distribuidor dessas drogas aos países do Cone Sul, segundo a ONU.
De acordo com a mesma fonte, a Bolívia tinha em 2010 mais de 31 mil hectares de plantações, 22% mais que em 2006 quando o presidente Evo Morales chegou ao poder.