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Bolívia apresenta argumentos contra Chile por acesso ao mar

Evo Morales entregou à Corte Internacional de Justiça (CIJ) documento com os argumentos de uma demanda contra o país vizinho


	Evo Morales, presidente da Bolívia: "confiamos que a Bolívia logo voltará ao Pacífico com soberania, temos todos os argumentos", afirmou
 (Presidência da Bolívia/Divulgação via Reuters)

Evo Morales, presidente da Bolívia: "confiamos que a Bolívia logo voltará ao Pacífico com soberania, temos todos os argumentos", afirmou (Presidência da Bolívia/Divulgação via Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2014 às 17h15.

Haia - O presidente da Bolívia, Evo Morales, entregou pessoalmente nesta terça-feira à Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, um documento com os argumentos de uma demanda contra o Chile em que busca recuperar o acesso ao mar, perdido há mais de um século em uma guerra.

O governo boliviano recorreu à corte no ano passado contra o país vizinho na tentativa de forçar o Chile a sentar à mesa de negociações para discutir a demanda boliviana por um acesso ao oceano Pacífico, mas que o Chile afirma que carece de argumentos.

Morales, um ex-líder socialista dos plantadores de coca que prometeu recuperar a saída ao mar para a Bolívia, entregou o documento de 200 páginas com os antecedentes jurídicos da solicitação na sede do tribunal.

"Confiamos que a Bolívia logo voltará ao Pacífico com soberania, temos todos os argumentos", afirmou Morales ao entregar o documento.

"A questão do mar é irredutível para os bolivianos. Como um país pacifista recorremos aos tribunais internacionais para que se faça justiça de uma demanda histórica, e temos muita confiança", acrescentou.

A Bolívia, que perdeu seu acesso ao mar em uma guerra vencida pelo Chile em 1883, realiza grande parte de seu comércio através de portos chilenos graças a um acordo para o trânsito de mercadorias, apesar de os países terem rompido suas relações diplomáticas desde 1978.

A presidente chilena, Michelle Bachelet, disse que a demanda boliviana na CIJ fechou as portas para uma negociação bilateral e tem demonstrado confiança que seu país tem argumentos jurídicos para defender a integridade de seu território.

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