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Boko Haram divulga vídeo de suposto grupo de alunas sumidas

Mais de 200 alunas foram sequestradas em Chibok em 2014; grupo diz que algumas delas morreram em bombardeios do Exército da Nigéria

Meninas sequestradas pelo Boko Haram: vídeo obtido pela rede CNN mostra as jovens vivas e teria sido gravado em dezembro de 2015 (Reprodução/Twitter)

Meninas sequestradas pelo Boko Haram: vídeo obtido pela rede CNN mostra as jovens vivas e teria sido gravado em dezembro de 2015 (Reprodução/Twitter)

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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2016 às 11h28.

Lagos - O grupo jihadista nigeriano Boko Haram divulgou neste domingo um vídeo mostrando um suposto grupo das mais de 200 alunas sequestradas em Chibok em 2014, e afirmando que algumas delas morreram em bombardeios do Exército da Nigéria.

Nas imagens, um terrorista com o rosto coberto pede aos responsáveis das jovens, conhecidas como "Meninas de Chibok", que exijam ao governo da Nigéria a libertação de militantes do Boko Haram em troca da soltura de suas filhas, de acordo com o jornal "Daily Trust".

No vídeo, de 11 minutos e feito pelos jihadistas através de um jornalista com acesso ao grupo, o terrorista aparece falando com um numeroso grupo de estudantes usando o véu islâmico ao fundo.

O porta-voz jihadista explica que cerca de 40 sequestradas em abril de 2014 foram dadas em casamento, e garante que algumas morreram ou estão feridas após bombardeios feitos na Floresta de Sambisa, uma das fortificações do Boko Haram no norte da Nigéria.

Uma das adolescentes, cujo pai aparece com frequência na imprensa reivindicando a libertação dela e das amigas, é convidada a falar no vídeo para pedir aos pais que pressionem o Executivo nigeriano para libertar os terroristas.

"Nossos pais deveriam ser pacientes e dizer ao governo que liberte seus membros para que eles possam nos libertar", disse a jovem em língua hausa, enquanto algumas meninas aparecem chorando atrás dela.

O terrorista de rosto coberto volta a aparecer na filmagem e alerta ao governo que se tentarem resgatá-las usando da força, elas não serão recuperadas com vida.

O vídeo foi lançado depois que foram divulgadas informações sobre a possível morte de várias estudantes sequestradas em ataques aéreos militares sobre as posições de Boko Haram em Sambisa. A maior parte das jovens está sequestrada há mais de dois anos, apesar de algumas terem conseguido fugir ou terem sido liberadas nos últimos meses. 

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